sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Faltar à Igreja

Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes admoestemo-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. (Hb 10:25)

Costumamos encontrar bons motivos para justificar a nossa ausência nos cultos. Muitos sequer vão a um deles, pois a maioria das igrejas celebram dois cultos aos domingos. "Ir duas vezes cansa!"

"Não pude ir porque estava cansado", "meu filho estava com febre", "estive trabalhando", "recebi visitas", "fui visitar um parente", "tinha que terminar um trabalho escolar", "estava indisposto", "estava chateado com a igreja", "não gosto do pregador que iria ocupar o púlpito", "cultuei a Deus em casa", "sou mais crente do que quem está lá a esquentar os bancos", "ninguém repara que eu existo", "não sou valorizado", etc.

Algumas coisas justificam uma ausência. Mas a verdade é que a maioria delas são meras desculpas. E, cada vez que nos ausentamos dos cultos na igreja, sentimos maior facilidade em faltar uma próxima vez. Diz-se que a cada domingo faltado, a igreja está um quarteirão mais distante. O primeiro é difícil de faltar. Os outros vão se tornando mais fáceis. Quando despertamos, já estamos fora da comunhão e somos estranhos na igreja local.

Deus não quer e não deseja crentes em carreira solo, a viver na dependência de si próprios, a justificar que as igrejas ultimamente não são boas ou dignas. As igrejas nunca foram perfeitas. Enquanto houver seres humanos nelas, a imperfeição sempre existirá, exceto quando elas tornarem-se Igreja Triunfante, formada pelo número completo de crentes, transformados pela ressurreição e arrebatamento.

Fomos chamados para suportar-nos uns aos outros em amor. Não somos conhecedores de tudo. Assim, nos edificamos uns aos outros naquilo que ouvimos e naquilo que ensinamos. Por isso é importante participar.

Jesus disse que o amor seria o distintivo de seus seguidores. Não há como realmente amar alguém sem conviver, e a igreja oferece a oportunidade de convivência uns com os outros.

Também temos os dons do Espírito Santo, e, juntos, nos completamos. Separados, somos incompletos e não temos a oportunidade de colocar os dons em ação e em prática. Precisamos servir ao Senhor e servir-nos mutuamente em amor.

Jesus nunca propôs aos apóstolos que vivessem sós, mas que fizessem discípulos. Devemos ser exemplo aos mais novos e também aprender com os mais velhos. A igreja nos dá a oportunidade de aprender e ensinar.

Também encontramos a família perdida. Deus nos faz viver em família, dando aos órfãos pais postiços, aos pais filhos por consideração, aos solitários um grupo constante e amoroso de amigos. A igreja é uma bênção!

Deixar de estar ao culto uma vez ou outra, por motivo de força maior, é aceitável. Viver buscando esses motivos e fazendo deles justificativa para não participar da igreja, é pecado, e Deus não se agrada disso.

Não deixemos de congregar-nos.

Pr Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP

sábado, 20 de setembro de 2008

Dá para levar a Bíblia a sério?

Um crítico falastrão disse que a Bíblia não pode ser levada a sério porque não se pode provar a autenticidade dos seus manuscritos. Aliás, o autor de O Código da Vinci diz que ela foi mudada várias vezes e nunca houve uma redação final. Ao longo dos tempos, os cristãos a mudaram a bel prazer. Quem ler O Código ficará, se for limitado e inculto, com a imagem de que os cristãos são um bando de mafiosos. Curioso! Gente de pouca honestidade intelectual pondo em dúvida as afirmações e o credo alheio.

Dá para levar a Bíblia a sério? Podemos dizer que o que nela está sempre esteve lá e que seus manuscritos são confiáveis?

Tucídides, historiador aceito pelos estudiosos, viveu entre 460-400 a.C. Sua obra sobreviveu em oito manuscritos, datados de 900 a.D. (1.300 anos depois). Os manuscritos de outro historiador, Heródoto, são mais raros, mas também de larga aceitação. Chegaram-nos poucas cópias, também datadas bem depois de sua vida. As obras do filósofo grego Aristóteles datam de 330 a.C., mas o manuscrito mais antigo é de 1.100 a.C., ou seja, 1.400 anos depois! Nenhum intelectual impugnou as obras de Aristóteles por isto. "As guerras gaulesas" foram narradas por César entre 58 e 50 a.C., mas o manuscrito mais recente é de mil anos após sua morte.

Não se nega o valor da "Ilíada", de Homero, que tem 643 manuscritos. Pois bem, do Novo Testamento há cerca de 2.000 manuscritos, cópias de escritos dos anos 46 a 90 de nossa era, bem perto dos eventos narrados por testemunhas oculares. Do Antigo Testamento, em 1947, nas cavernas de Qumram, descobriram-se centenas de manuscritos, alguns do ano 100 a.C. (como um livro de Isaías), segundo testes de carbono 14. Do que se traduziu (os lingüistas cristãos são dos mais bem preparados) o sentido bate, palavra à palavra, com o que está na Bíblia. Não manuseamos uma fraude de gente desonesta. Pelo contrário. Os desonestos não estão do nosso lado, neste aspecto.

Do ponto de vista bibliográfico, a Bíblia tem mais base manuscrítica que qualquer outra peça literária da Antigüidade. Só a ignorância ou má fé alegará sua falsificação.

A questão é que a Bíblia incomoda as pessoas com suas exigências morais e espirituais. Ela só pode ser entendida sem o orgulho humano, que vem do Éden ("sereis como Deus"). Ela pede definição das pessoas e vivemos numa sociedade amorfa, onde as pessoas são superficiais, sem convicções.

Ela é, simultaneamente, uma carta de amor e um ultimato da parte de Deus. Ela declara que ele nos ama, mas nos chama a mudar de vida. As pessoas querem promessas, não correção. Seu ceticismo e incredulidade não são intelectuais, mas morais. Mark Twain disse bem: "O que me incomoda na Bíblia não são as passagens que eu não entendo, mas sim as que eu entendo".

Não somos indigentes mentais. Alguns dos maiores pensadores da história foram cristãos e o cristianismo bafejou a sociedade ocidental no que ela tem de melhor. Cremos em uma verdade que Deus revelou a homens que capacitou e seu Espírito preservou ao longo de séculos.

"Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus" (Sl 119.89).

Isaltino Gomes Coelho Filho

www.pilb.t5.com.br

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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