quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Qual seria o balanço de fim de ano do inferno?

Qual seria o balanço de fim de ano do inferno?

Alguns de nós certamente estão acostumados com reuniões de resultados empresariais, onde diretores e gerentes se esforçam por mostrar o que de bom foi feito e por esconder, de todas as formas possíveis, as desgraças. E é também comum em algumas empresas o presidente fazer ao final do ano um pronunciamento de como se vê a situação e quais os vislumbres para o ano seguinte.

Outro dia fiquei imaginando como poderia ser a reunião deste final de ano do inferno, ainda mais em vista do que anda acontecendo nas nossas igrejas... Aqui fica um devaneio...

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Caros colaboradores, anjos caídos engajados na prática do mal, a todos os comandantes de nossas hostes malignas:

Não posso me furtar, eu, Lúcifer, de festejar os resultados obtidos por nossas equipes, de reconhecer a propriedade de nossas estratégias e projetos. Se é certo que o Nazareno já assegurou seus domínios e sua vitória, é reconfortante, pelo menos por ora, saber que temos espezinhado parte dos que se apresentam como seu povo, e trazido alguns conosco.

Nossos resultados tem sido realmente infernais! Mais ainda por notar que temos conseguido quase que abrir nossas sucursais dentro dos currais do assim chamado povo de Deus. Quantos de nossos livros conseguimos editar e colocar nas estantes dos cristãos! Quantas de nossas doutrinas logramos travestir de cristãs! Realmente infernal! Definitivamente maligno!

Não posso deixar de destacar o sucesso de nosso programa "Igrejas para a Perdição". Nada melhor do que incutir na cabeça dos líderes de igreja que eles tem mesmo é que pregar o que o povo quer ouvir; que seu sucesso está no número de fiéis que frequenta seu estabelecimento. Nada daquela doutrina transformadora do Nazareno! Parabéns aos nossos colaboradores que conseguiram inchar igrejas sem contudo qualquer crescimento real ou importante; muito ao contrário, com um número até decrescente de fiéis verdadeiros. Nunca plantamos tanto joio! Temos batido recordes e mais recordes da plantação de joio! Parabéns aos que conseguiram incutir em tantas igrejas um sincretismo que seria impensável tempos atrás. Ao notar como pastores e líderes, eles mesmos, conseguem chamar a velha idolatria de ‘evangelho contemporâneo’, e ainda se emocionar com isso... confesso que fico sem palavras... É definitivamente infernal ver algumas de nossas práticas em curso nos púlpitos por aí afora.

Se eles querem a tal vitória, que façamos de conta que estamos por eles vencidos. Que façamos nossas micagens e que deixemos a eles com um certo gosto de que conseguiram nos amarrar. Como sabemos, no dia seguinte estamos de volta. Mal sabem eles que os verdadeiros amarrados na história não somos nós, e sim eles.

Outro programa que muito me orgulha é o chamado "Igrejas com Depósitos". Infernal a idéia de bonificar pastores para que consigam fiéis contribuintes. Impressionante ver como eles, para atingir suas metas e ganharem seus bônus, ensinam verdadeiras barbaridades, exigindo do povo a entrega sacrificial de bens que nem sequer ainda possuem em troca de uma suposta benção material... Ainda bem que o título de ‘pai da mentira’ me foi dado tempos atrás. Hoje em dia eu teria dificuldades para vencer tantos desafiantes... Tiro o meu chapéu para estas mentiras deles.

E como não lembrar do nosso velho, tradicional e sempre eficaz programa "Lobos em pele de ovelha"? Que sigamos plantando nosso joio no meio do trigo. Que sigamos colocando nossos emissários em postos-chave de alto comando de igrejas e suas denominações. Temos crescido bastante, e não é para menos! A medida que o tempo passa as verdadeiras ovelhas leêm cada vez menos suas Bíblias, e é impressionante como caem nas nossas armadilhas mais elementares. É como tirar o doce de crianças. E, afinal, como cada dia que passa as tais ovelhas acreditam menos em nossa existência, elas não prestam mais atenção, não vigiam, não montam guarda. Nosso caminho fica cada vez mais livre. Não desanimem, caros demônios... É certo que sem resistência nossa luta até perde um pouco da graça, mas sigam adiante. Se no passado tinhamos o desafio de ficar a espreita e usar de novas estratégias a cada dia, que não nos desanimemos ao encontrarmos portas escancaradas.

Que sigamos imitando a luz. Que sigamos fazendo de conta que nossa luz é a verdadeira. Nada melhor do que atrair bobinhos para a nossa noite escura fazendo-os correr atrás de um sol de mentira...

Que sigamos cobrindo nossas mentiras com um pouco da verdade. Nada melhor do que disfarçar nossas artimanhas com uma roupagem toda santa. Sempre foram nossas iscas, e seguirão sendo. O anzol sempre é embrulhado com uma isca apetitosa. Que o nosso anzol jamais fique exposto, antes seja embrulhado com bons e apetitosos chamarizes.

Que sigamos fazendo-os crer que a verdadeira vida está nos rituais, nas celebrações. Que eles sigam cantando ‘seus mantras’ que nada dizem e nada produzem a não ser irritação para o ‘Eu sou’. Afinal, não foi Ele mesmo que disse que as tais canções eram um barulho insuportável em seus ouvidos (o tal de ‘estrépito’) quando cantadas por gente que não vivia o que cantava? Que eles sigam ‘fazendo barulho’, e que sigam acreditando que o tal ‘viver no Espírito’ é mesmo ter as tais experiências estapafúrdias na hora da celebração. Enquanto eles pensarem que evangelho é só isso, melhor. Jamais se encontrarão com o que os pode de fato transformar. Nosso trabalho seguirá, portanto, sendo feito.

E sempre o mais importante: que não nos esqueçamos de destruir as famílias. Uma família destruída é mais eficaz do que uma igreja destruída, mesmo porque duas ou três delas se encarregam de acabar sozinhas com suas igrejas. E casais mal resolvidos tornam-se pais imprestáveis. Pais imprestáveis produzem lares insuportáveis, filhos doentes, carentes, rebeldes, que não acreditam em mais nada, nem sequer em Deus. E como a vida deles sempre foi um inferno (rsrsrs... deixem que pensem que o inferno é ‘só isso’...), não vão pensar em se casar jamais... e daí entra nossa velha estratégia: amor livre, curtir o momento, etc, etc. E mesmo que se casem... que asseguremos que seus lares sejam outras de nossas sucursais, não é mesmo?

Que eles continuem procurando a cura para seus problemas dentro das garrafas de uísque, depois de um cigarro bem fumado, depois de uma experiência sexual ‘além-muro’, dentro das caixas de remédios para dormir, dentro de sei lá mais o que. Que sejamos sempre ágeis em oferecer estas nossas soluções. Quanto mais anestesiadas forem nossas vítimas, melhor. Que só voltem a si quando for tarde demais.

Que continuemos ensinando que o tal ‘pecado’ é só um dogma medieval... Afinal, que os bobinhos continuem crendo que a verdade está com eles. Que sigam na busca de seu ‘eu interior’, pois assim acabam esquecendo do ‘Eu sou’ que os transforma. A palavra de ordem é distancia-los de Deus. Quanto mais longe estiverem Dele, mais perto estarão de nós e de nossos atrativos.

Caros colaboradores de todas as nossas hierarquias, da mais alta à mais humilde: saibam que vivemos o nosso momento. Que aproveitemos o tempo. Se é certo que nosso futuro não é lá muito brilhante, e dele não temos como escapar, que tragamos conosco o maior número de vítimas.

Não importa que o próprio Nazareno já disse que os últimos dias seriam assim mesmo, cheios de apostasia da igreja. Que não fiquemos nos lembrando que estamos soltos por pouco tempo, onde pode parecer que só fazemos o que fazemos porque o "Eu sou’ está deixando. Que tenhamos nosso foco nas vítimas, não Nele. Nossa briga não é mais com Ele. Nossa luta é com as ovelhas, com o rebanho Dele. Se não podemos com Ele, que busquemos atingir os que andam à busca Dele.

Caros colaboradores: que tenham todos um infernal novo ano, e que façamos da vida da igreja um inferno. E como temos sempre feito até hoje: sem que eles percebam!

Conto com vocês. Obrigado.

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Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 1Pedro 5:8

Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:10-18

Carlos Sider - Engenheiro e Administrador. Cristão há mais de 20 anos. Atuou como executivo em diversas empresas e hoje é Diretor Geral da Magna Latina, empresa que engloba a Provoice.

Cristianismo sem Cruz

Cristianismo sem Cruz

Trago à tona este assunto, em função da seriedade e pertinência da matéria, pois vejo como lamentável a indiferença que tem caracterizado o povo de Deus nos dias atuais ante os grandes desafios morais e espirituais que nos cercam, principalmente se considerarmos o caminho de dor e sofrimento pelo qual Jesus percorreu.

Em parte, esta situação vem se firmando por culpa dos pregadores atuais que levam os membros das igrejas a praticarem um tipo de cristianismo sem sofrimento, sem doença, sem dificuldade financeira, sem rejeição, sem descontentamento, enfim, sem cruz. As pessoas estão aceitando a Cristo como salvador imaginando que a decisão tomada se equivale ao ato de tomar uma vacina que imuniza e livra o cristão de todos os males e problemas desta vida, colocando-o de fora dos dilemas humanos, o que não é verdade.

Que Deus é todo poderoso ninguém duvida, que quer abençoar os seus filhos é crença corrente, mas não podemos alimentar o ensino equivocado da prosperidade e da bênção incondicional sem fundamentação bíblica, como alguns vêm propagando, que Deus vai dar tudo a todos como se estivesse a serviço do cristão. Pensar e agir como se as coisas fossem tão fáceis e simples assim é aceitar e propagar uma espécie de anticristianismo. Afinal, as dores que sofremos também devem ser consideradas como bênçãos de Deus, porque sem elas não teríamos como diagnosticar as doenças e valorizar a saúde.

O homem moderno está mesmo é em busca de facilidades, comodidades e prazer a todo custo. É por isto que a ciência e a tecnologia vêm fazendo esforços para responder a contento os anseios de satisfação e o grau de exigência das pessoas. Como conseqüência dessa busca insaciável, o ser humano tem se tornado doente. Nunca os consultórios de analistas e psiquiatras foram tão freqüentados como nos dias de hoje e as pessoas jamais consumiram tanto medicamento para resolver os problemas de insônia e depressão, causados pela infelicidade, angústia e tristeza de corações vazios. Esta situação visível em grande parte tem sido gerada por uma expectativa falsa, pois o ser humano não foi criado para o prazer, mas sim para desafios e realizações.

Lamentavelmente, muitas seitas e inúmeras igrejas evangélicas têm caído na tentação de apresentar um cardápio de facilidades e promessas sem apoio bíblico, como se o cristianismo fosse um balcão negócios onde se vende sonhos e ilusões, para manter acesa a falsa esperança de muitos pobres e miseráveis que são levados a acreditar que o verdadeiro cristão não passa por tribulações. Que tragédia! Pois ninguém tem o direito de alimentar falsas esperanças, muito menos aqueles que atuam como mensageiros do Deus Altíssimo. Tal situação é agravada pela adesão de muitos irmãos de igrejas históricas, que são consideradas sérias no compromisso com o evangelho, influenciados por estas idéias, em virtude do bombardeio que recebem através dos programas televisivos, rádio e, principalmente, pela música gospel, que enfatiza o ter em lugar do ser.

Com a predominância deste sentimento nada saudável que vem sendo disseminado e facilmente assimilado, os novos crentes estão se tornando cada vez mais indiferentes aos grandes desafios da fé cristã. Freqüentam os cultos quando podem, contribuem quando sobra, oram quando têm problemas, lêem a Bíblia quando vão à igreja e, com algumas poucas e boas exceções, difamam, fazem intriga, se opõem aos pastores e cometem os mesmos erros de pessoas que ainda não tiveram um encontro pessoal com Cristo. Este é um estilo de cristianismo sem cruz e, por conseguinte, sem Cristo.

Foi por esta razão que Jesus condenou com veemência o comportamento dos religiosos de sua época, porque não tinham compromisso autêntico com a essência da fé apostólica. Para Jesus, cristianismo não é filosofia adotada, mas estilo de vida comprometido com os valores eternos, que se traduzem em justiça social, amor ao próximo, respeito mútuo e submissão à vontade de Deus. Mas é só pela cruz que somos capazes de trilhar o caminho do sacrifício, da submissão, do amor, da compaixão que nos reconcilia com Deus e nos aproxima uns dos outros.

Se quisermos alcançar o alvo estabelecido no coração de Jesus de transformar os conceitos injustos arraigados nos corações dos homens em todo o mundo, necessitamos seguir os seus ensinamentos: "assim como o Pai me enviou eu vos envio a vós" (Jo 20.21b). Jesus é o nosso modelo e exemplo. Espelhemo-nos nele para que sejamos discípulos de verdade, que vivem à sobra da cruz.

Habacuque 3:17-19 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.

Aloízio Penido - Pastor da PIB em Juiz de Fora (MG) / Grupo Está na Bíblia

sábado, 10 de dezembro de 2005

Fiz uma aliança com DEUS

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir."
 
Martinho Lutero

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

O Dia da Bíblia

O Dia da Bíblia

Como deve ser de seu conhecimento, no segundo domingo de dezembro é comemorado o Dia da Bíblia. Portanto, no dia 11 de dezembro, todos aqueles que amam a Palavra de Deus estarão reunidos em torno de um objetivo, louvar as Escrituras Sagradas. Mais do que isso: agradecer a Deus por sua orientação e seu amor.

Por sabermos que você compartilha da mesma missão que a Sociedade Bíblica do Brasil, que é difundir a Bíblia e a sua mensagem, nós queremos lhe fazer um convite especial. Participe conosco das comemorações do Dia da Bíblia. Divulgue essa tão importante data em seu site, em sua igreja e entre seus amigos e familiares.

Para lhe auxiliar nessa tarefa, encontra-se no site da SBB o cartaz e carta da campanha deste ano. Lá você poderá fazer download desses materiais e colocar em seu site.

Caso necessite de mais informação, favor entrar em contato:

Pelo telefone (11) 4195-9590 - ramal 5828

Pelo e-mail sac@sbb.org.br

Ou no link: http://www.sbb.org.br/noticias/noticia.asp?noticia=196

Contamos com sua participação.

Fraternalmente, em Cristo,

Erní Walter Seibert

Secretário de Comunicação Social

Sociedade Bíblica do Brasil

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Não quero ser apóstolo !

Não quero ser apóstolo!

Os pastores possuem um fino senso de humor. Muitas vezes, reúnem-se e contam casos folclóricos, descrevem tipos pitorescos e narram suas próprias gafes. Riem de si mesmos e procuram extravasar na gargalhada as tensões que pesam sobre os seus ombros. Ultimamente, fazem-se piadas dos títulos que os líderes estão conferindo a si próprios. É que está havendo uma certa, digamos, volúpia em pastores se promoverem a bispos e apóstolos. Numa reunião, diz a anedota, um perguntou ao outro: "Você já é apóstolo?" O outro teria respondido: "Não, e nem quero. Meu desejo agora é ser semi-deus". Apóstolo agora está virando arroz de festa e meu ministério é tão especial que somente este título cabe a mim". Um outro chiste que corre entre os pastores é que se no livro do Apocalipse o anjo da igreja é um pastor, logo, aquele que desenvolve um ministério apostólico seria um "arcanjo".

Já decidi! Não quero ser apóstolo! O pouco que conheço sobre mim mesmo faz-me admitir, sem falsa humildade, que não eu teria condições espirituais de ser um deles. Além disso, não quero que minha ambição por sucesso ou prestígio, que é pecado, se transforme em choça.

Admito que os apóstolos constam entre os cinco ministérios locais descritos pelo apóstolo Paulo em Efésios 4.11. Não há como negar que os apóstolos foram estabelecidos por Deus em primeiro lugar, antes dos profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Mas, resigno-me contente à minha simples posição de pastor. Já que nem todos são apóstolos, nem todos profetas, nem todos mestres ou operadores de milagres, como consta na epístola aos Coríntios 12.29, parece não haver demérito em ser um mero obreiro.

Meus parcos conhecimentos do grego não me permitem grandes aventuras léxicas. Mas qualquer dicionário teológico serve para ajudar a entender o sentido neotestamentário do verbete "apóstolo" ou "apostolado". Usemos a Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã, das Edições Vida Nova: "O uso bíblico do termo "apóstolo" é quase inteiramente limitado ao NT, onde ocorre setenta e nove vezes; dez vezes nos evangelhos, vinte e oito em Atos, trinta e oito nas epístolas e três no Apocalipse. Nossa palavra em Português, é uma transliteração da palavra grega apostolos, que é derivada de apostellein, enviar. Embora várias palavras com o significado de enviar sejam usadas no NT, expressando idéias como despachar, soltar, ou mandar embora, apostellein enfatiza os elementos da comissão - a autoridade de quem envia e a responsabilidade diante deste. Portanto, a rigor, um apóstolo é alguém enviado numa missão específica, na qual age com plena autoridade em favor de quem o enviou, e que presta contas a este".

Jesus foi chamado de apóstolo em Hebreus 3.1. Ele falava os oráculos de Deus. Os doze discípulos mais próximos de Jesus, também receberam esse título. O número de apóstolos parecia fixo, porque fazia um paralelismo com as doze tribos de Israel. Jesus se referia a apenas doze tronos na era vindoura (Mateus 19.28; cf Ap 21.14). Depois da queda de Judas, e para que se cumprisse uma profecia, ao que parece, a igreja sentiu-se obrigada, no primeiro capítulo de Atos, a preencher esse número. Mas na história da igreja, não se tem conhecimento de esforços para selecionar novos apóstolos para suceder àqueles que morreram (Atos12.2). As exigências para que alguém se qualificasse ao apostolado, com o passar do tempo, não podiam mais se cumprir: "É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição" (Atos 2.21-22).

Portanto, alguns dos melhores exegetas do Novo Testamento concordam que as listas ministeriais de I Coríntios 12 e Efésios 4 referem-se exclusivamente aos primeiros e não a novos apóstolo.

Há, entretanto, a peculiaridade do apostolado de Paulo. Uma exceção que confirma a regra. Na defesa de seu apostolado em I Coríntios 15.9, ele afirmou que foi testemunha da ressurreição (vira o Senhor na estrada de Damasco), mas reconhecia que era um abortivo (nascido fora de tempo). "Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus" (15.10). O testemunho de mais de dois mil anos de história é que os apóstolos foram somente aqueles doze homens que andaram com Jesus e foram comissionados por ele para serem as colunas da igreja, comunidade espiritual de Deus.

O que preocupa nos apóstolos pós-modernos é ainda mais grave. Tem a ver com a nossa natureza que cobiça o poder, que se encanta com títulos e que fez do sucesso uma filosofia ministerial. Há uma corrida frenética acontecendo nas igrejas de quem é o maior, quem está na vanguarda da revelação do Espírito Santo e quem ostenta a unção mais eficaz. Tanto que os que se afoitam ao título de apóstolo são os líderes de ministérios de grande visibilidade e que conseguem mobilizar enormes multidões. Possuem um perfil carismático, sabem lidar com massas e, infelizmente, são ricos.

Não quero ser um apóstolo porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido desapercebida de Paulo, Pedro, Tiago ou Judas. Não quero ser apóstolo porque não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam e que não conheceram as tentações dos mega eventos, do culto espetáculo e da vã-glória da fama. Não quero ser apóstolo, porque não acho que precisemos de títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem estatus. Aliás, estou disposto, inclusive a abrir mão de ser chamado, pastor, se isso representar uma graduação e não uma vocação ao serviço.

Não desdenho as pessoas, sinto apenas um enorme pesar em perceber que a ambiência evangélica conspira para que homens de Deus sintam-se tão atraídos a ostentação de títulos, cargos e posições. Embriagados com a exuberância de suas próprias palavras, crentes que são especiais, aceitam os aplausos que vêm dos homens e se esquecem que não foi esse o espírito que norteou o ministério de Jesus de Nazaré.

Ele nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando um jovem rico o saudou com um "Bom Mestre", rejeitou a interpelação: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus" (Mc 10.17-18). A mãe de Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o mal estar causado, para ensinar: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20.25-28).

Os pastores estão se esquecendo do principal. Não fomos chamados para termos ministérios bem sucedidos, mas para continuarmos o ministério de Jesus, amigo dos pecadores, compassivo com os pobres e identificado com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos graus das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel à todo o conselho de Deus; é ensinar ao povo a meditar na Palavra de Deus. Ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor com que Deus os ama.

Pastores, não queiram ser apóstolos, mas busquem o secreto da oração. Não ambicionem ter mega igrejas, busquem ser achados despenseiros fieis dos mistérios de Deus. Não se encantem com o brilho deste mundo, busquem ser apenas serviçais. Não alicercem seus ministérios sobre o ineditismo, busquem manejar bem a palavra da verdade; aquela mesma que Timóteo ouviu de Paulo e que deveria transmitir a homens fieis e idôneos que por sua vez instruiriam a outros. Pastores, não permitam que os seus cultos se transformem em shows. Não alimentem a natureza terrena e pecaminosa das pessoas, preguem a mensagem do Calvário.

Santo Agostinho afirmou: "O orgulho transformou anjos em demônios". Se quisermos nos parecer com Jesus, sigamos o conselho de Paulo aos filipenses: "Tende o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (2.5-8).

Soli Deo Gloria


Pr. Ricardo Gondim Rodrigues

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Animais matemáticos

Animais matemáticos

Uma sensacional descoberta da Ciência diz respeito ao peixe-arqueiro, equipado para resolver o problema da refração da luz. Para que alguém, estando fora da água, possa atingir com precisão um objeto submerso, é necessário um cálculo muito complexo, porque tal objeto parece mais próximo do observador do que realmente está.

O peixe-arqueiro enfrenta esse problema ao reverso: ele vê um inseto em um ramo fora da água e, rapidamente, projeta a cabeça ou apenas a boca para além da superfície e abate o inseto com um certeiro jato de líquido, como se cuspisse. A medida que vai à tona, ele mira fazendo a compensação pela refração da luz, tudo com uma extraordinária capacidade de cálculo matemático instantâneo, inata ao animal e que lhe foi concedida por um Deus inteligente!

Outro extraordinário exemplo de precisão matemática são as células construídas pelas abelhas, as quais, em geral, são hexagonais, com base piramidal de três lados iguais. Acerca da maravilha arquitetônica desse pequeno inseto, Huberto Rohden escreveu: Em princípio do século 18, o célebre naturalista Réaumur propôs à argúcia dos profissionais o seguinte problema: "Construa-se um prisma hexagonal limitado por paralelogramos e base piramidal de três rombos iguais. Que tamanho deverão apresentar os respectivos ângulos da base para que o vaso comporte a maior capacidade possível, com um gasto mínimo de material?"

Grande número de eminentes sábios tomou parte no certame, entre eles, o abalizado matemático Koenig. Apurou este que os ângulos maiores deviam apresentar 109 graus e 26 minutos, e os menores 70 graus e 34 minutos. O resultado parecia satisfatório; nem houve quem contradissesse ao afamado cientista. Não houve? Houve, sim, e foi uma criatura bem miudinha - a abelha.

Esse abelhudo cidadão teve a sem-cerimônia de não fazer caso dos cálculos do homo sapiens, continuando a construir imperturbavelmente as suas tradicionais células, com os respectivos ângulos de 109 graus e 28 minutos, os maiores - e de 70 graus e 32 minutos os menores. A diferença era insignificante, apenas de dois minutos em cada ângulo; mas existia; devia, portanto, haver erro de uma ou de outra parte.

O fato deu para muito quebra-cabeça. Puseram-se os sábios a examinar grande número de células em diversas colmeias, mas todas elas obedeciam à mesma bitola, não se encontrando uma só abelhinha que se decidisse pelas proporções da ciência humana.

Ter-se-ia a abelha enganado? Estariam em erro os profissionais da nossa inteligente raça? À falta de uma solução satisfatória, foi a questão caindo, a pouco, no olvido [esquecimento], em tácito desconceito dos himenópteros...

Eis senão quando um fato inesperado vem projetar nova luz sobre o problema!

Acontece que um navio mercante dá num escolho e faz água. Responsabilizado pelo desastre, o comandante prova não haver culpabilidade de sua parte, porque se guiara exatamente pelas tabelas logarítmicas das escolas náuticas do país. Foram essas tabelas submetidas a uma rigorosa averiguação, e descobriu-se nelas um erro insignificante, mas bastante para fazer desviar um navio do seu rumo primitivo.

Ora, dessas mesmas tabelas é que Koenig se tinha servido na solução do problema de Réaumur. Estava, pois, errada a base do cálculo.

Reconstruído sobre a verdadeira base, o cálculo de Koenig coincidiu perfeitamente com a antiquíssima tradição do povo das abelhas.

Para formar o desejado volume, deviam os ângulos obtusos ter 109 graus e 28 minutos, e os agudos 70 graus e 32 minutos - justamente como a abelha os construía desde os tempos pré-históricos.

Grande vitória? O inseto derrotando o homo sapiens num certame de matemática!

Quantos anos de trabalhos e canseiras não passa o homem para penetrar nos segredos da matemática, das equações, das raízes quadradas e cúbicas, dos cálculos diferenciais e infinitesimais! Que cabedal de esforço intelectual para desvendar os mistérios da geometria e da trigonometria! Segredos esses que uma desprezível abelhinha conhece, e sabe aproveitar com infalível segurança, desde o primeiro momento da sua existência. (Huberto Rohden, Maravilhas do Universo, São Paulo, Alvorada Editora e Livraria Ltda., sétima edição, 1984, pp. 114-116).

Equilíbrio e firmeza - As grandes perdas nazistas em aviões sobre a Inglaterra, na Segunda Guerra Mundial, deixaram Hitler e seu alto comando não apenas perplexos e desesperados, mas também profundamente frustrados. Isso se deve ao fato de que os ingleses, observando atentamente o vôo cego dos morcegos, criaram o radar - considerado o segredo mais bem guardado de toda a história da civilização. Com esse extraordinário invento, os britânicos podiam localizar com precisão o avanço das dezenas de esquadrilhas inimigas a tempo de se prepararem para a defesa e o contra-ataque, salvando assim seu país das fulminantes investidas da força aérea alemã.

Foi ainda observando os morcegos e os golfinhos - que se orientam por meio de vibrações de alta freqüência, ou seja, os ultra-sons refletidos pelos objetos ao seu redor - que os cientistas inventaram o sonar, aparelho que indica a presença e localização de submarinos, minas submarinas ou outros objetos submersos.

São abundantes, em todo o reino animal, as provas de que o homem ainda tem muito que aprender da criação. As vespas fabricam papel, as formigas constróem pontes e os castores erguem represas. Os polvos usam a propulsão a jato, e as aranhas tecem sete espécies de teias, fabricando telas e laços. A fêmea da traça lança um perfume que o macho pode sentir a uma distância de dez quilômetros, mesmo que só uma molécula toque na sua antena.

O salmão volta ao local em que nasceu depois de passar anos no mar aberto, porque cada um deles lembra-se do cheiro característico do riacho de onde veio e pode detectá-lo ao nadar nas águas costeiras.

Diante de tanta ordem e beleza, um teólogo assim parafraseou o texto de Isaías 44.24: Ontem, hoje e sempre, eu sou e permaneço o criador; é sobre mim que descansa o equilíbrio do mundo e a firmeza do Universo.

Abraão de Almeida (Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol)

Revista Graça Show da Fé, ano 6 - n.º 75

sábado, 15 de outubro de 2005

Triunfo na Tragédia

Triunfo na Tragédia

Patrícia St. John, que tem sido descrita como uma mulher de uma fé extraordinária, entregou a vida ministrando à pessoas nos lugares mais necessitados de nosso planeta. Ela estava no Sudão quando refugiados de guerra invadiram o país. Eles haviam sofrido terrivelmente e perdido tudo, no entanto os que entre eles eram crentes ainda davam graças a Deus.

Patrícia disse que, certa noite, durante um culto numa igrejinha lotada no Sudão, ouvindo aqueles refugiados cristãos cantar alegremente, ela teve uma visão que mudou a sua vida. "Se pudéssemos, teríamos mudado as suas circunstâncias," disse, "mas não teríamos mudado as pessoas". Ela então percebeu com clareza que Deus "nem sempre tira as pessoas da situação. Ele mesmo entra na situação... Ele não os traz para fora da escuridão. Ele se acende luz na escuridão".

A visão de Patrícia se aplica à sua vida? E se, apesar de sua constante oração, Deus não livrar você de circunstâncias terríveis? A Palavra de Deus nos diz que os cristãos muitas vezes também sofrem (Hebreus 11:35-38). E então?

Deus promete estar ao seu lado. Ele lhe fortalecerá e lhe dará graça para alegrar-se mesmo face o sofrimento e a perda. Isso é que é verdadeiro triunfo na tragédia.

"Este é o conforto na minha aflição, porque a Sua Palavra me deu vida" (Salmo 119:50)

Vernon C. Grounds

 

domingo, 9 de outubro de 2005

Rádios Evangélicas: Eu juro que tentei!

Rádios Evangélicas: Eu juro que tentei!

Há cerca de um mês eu mesmo me propus um desafio.

Há tempos não parava para ouvir uma rádio evangélica, não que eu não tivesse tempo, eu não tinha mesmo era paciência. Mas fui duro comigo mesmo, e tentei. O que ouvi e percebi nesse desafio é o que passo a narrar neste texto.

Minha primeira conclusão é que estamos passando por um grande deserto. A igreja deve estar passando por um grande período de estiagem, de seca. Só isso pode explicar a quantidade de músicas pedindo chuva. Faz chover, derrama tua chuva, vem com tua nuvem, abre as comportas do céu, derrama a chuva, chuva de avivamento...

Em contrapartida, também fala-se muito de fogo. Quando não é chuva, é fogo. Realmente é fogo ouvir tanta coisa assim. Tinha até uma música (?) falando do "diabo fazendo careta, e o crente com esse fogo faz churrasco de capeta".

Acho que a mesma música ainda falava de "fogo no diabo da cabeça aos pés". As outras falavam de fogo como algo bom. Não consigo ver isso na linguagem bíblica. Fogo sempre está relacionado à destruição, juízo, etc. Era tanto fogo que, é claro, tinha que ter alguém se derretendo. Pois é exatamente o que diz uma das músicas que ouvi, num super arranjo instrumental, muita animação, uma letra boa até o ponto que fala que "eu vou me derreter..."

Lembrei-me, e não tinha como não lembrar, dos amigos de Daniel, na fornalha... nem um fio de cabelo tostado, inteiros, intactos. Eles não derreteram. Também lembrei de Paulo escrevendo aos Coríntios dizendo que "se alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um, pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo FOGO (...) se a obra de alguém se queimar (derreter), sofrerá ele dano." Bem... eu continuo querendo não ser derretido.

Outra coisa. Alguém pode pedir para os "levitas" pararem de pregar entre as músicas? O pior é que o choro das milhares de "valadões" deu lugar a voz ofegante e "cansada" dos "Quinlans, Sheas e Fernandinhos". Parece que os camaradas correram uma maratona antes de chegarem ali, então gritam com voz rouca, emocionada, sensual (também, com tanta música falando de beijo, abraço, colo, carinho, etc). E o público delira...

Previsão do tempo na música "gospel": Se não tiver chuva, o tempo vai ficar nublado. Só isso pra explicar a quantidade de nuvens no céu da música evangélica. As nuvens de glória nem deixam o sol da justiça brilhar, esse é o problema. Aliás, nuvem de glória não, shekiná (esqueci que tudo agora tem que ser em hebraico). Shekiná pra ali, Shekiná pra lá, nuvem, peso de glória, nuvem carregada. Sai de baixo... vem temporal aí!

Aliás, o tempo também está propício a romances. Como tem músicas românticas no nosso meio. Engraçado é que pra não dizerem que fizeram uma música SOMENTE romântica, todas elas têm algo do tipo "Deus quem me deu você", só pra não admitirem que o que queriam mesmo, no fundo no fundo, era fazer sucesso no meio secular, como cantores românticos.

Mas como a qualidade não é lá essas coisas, permanecem no meio "gospel", pois aqui qualquer porcaria vende (lá também, mas o jabá é mais alto).

Outro lado dessa moeda, e esse eu acho pior, são as músicas românticas-sensuais-eróticas que são dedicadas a "Jesus". Também, não era de se esperar menos, afinal de contas, com uma NOIVA tão desesperada...

É um tal de "quero teu colo", "teu carinho", "quero te beijar, te abraçar" ... Mais legal ainda são algumas capas de CD´s com um Jesus "saradão" vindo resgatar a noiva. Aliás, eu gostaria de perguntar uma coisa: Quem seqüestrou a noiva??? A noiva está sendo preparada ou está em cativeiro? Sim, porque é tanto clamor pro noivo vir resgatar a noiva que eu já nem sei mais o que pensar. E eu pensando que a noiva estava sendo adornada, purificada, preparada para as Bodas do Cordeiro. Que nada! Ela está sob domínio do inimigo, necessitando ser resgatada pela SWAT angelical ao comando do noivo "saradão".

Aliás, realmente eles pensam que é assim. Só isso pode explicar tantos cânticos pedindo "libertação" e "cura" para os que já foram salvos. E mais uma vez eu aqui, com cara de trouxa, acreditando que a liberdade conquistada na cruz era suficiente, que o sacrifício ÚNICO de Jesus bastou para me libertar. Nada disso! Todo culto eu tenho que clamar: "Vem me libertar", "Quebra minhas cadeias", "Enche meu coração vazio", "Liberta-me, Senhor". E eu pensando que "se, pois, o FILHO vos libertar, VERDADEIRAMENTE SEREIS LIVRES". Que bobagem a minha...

Bem... na verdade foram poucas horas que consegui essa façanha de ficar ouvindo uma rádio evangélica. Não agüentei nem 6 horas.... mais um pouco e eu surtava... e eu não podia surtar, estava trabalhando... sintonizei na MPB FM... e dei graças a Deus pela boa música popular brasileira...

Artigo escrito por José Barbosa Junior, levando-nos a refletir sobre os rumos tomados pela música evangélica atual.
José Barbosa Junior é escritor, pregador e editor do site Crer e Pensar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Esse é o Meu Pai!

Esse é o Meu Pai!
"A glória dos filhos é o seu pai" (Provérbios 17:6)

Você não precisa encontrar-se cara a cara com um homem para saber que tipo de pai ele é. Apenas ouça o que seus filhos dizem dele.

O respeito que as crianças têm pelos seus pais pode ser um bom indicador do respeito que eles merecem. Um dos Dez Mandamentos é o de honrar o nosso pai e a nossa mãe (Êxodo 20:12). Mas quantos pais vivem de uma maneira digna de elogios?

Não vejo tragédia maior na vida do que perder o respeito de meus filhos. Eu seria o homem mais humilhado do mundo se meus filhos tivessem vergonha de mim. Mas nada faria o meu coração bater mais rápido do que se meu filho apontasse para mim, no meio de uma multidão, e dissesse com orgulho: "Esse é o meu pai!"

Uma boa maneira de testar se você é um pai respeitado por seus filhos é perguntando a si mesmo: "Será que desejo que meu filho seja o que eu sou, faça o que eu faço, ou vá aonde eu vou?"

Pais, lembrem-se de que nunca, em toda a história, os filhos precisaram tanto do total interesse, atenção e amor dos país, como nos dias de hoje, cujo ambiente moral e espiritual é poluído.

Com a ajuda da força e sabedoria de Deus, decida ser o tipo de pai de quem seu filho diga com orgulho: "Esse é o meu pai!"

M. R. De Haan, M.D.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Editora britânica lança "Bíblia de cem minutos"

Editora britânica lança "Bíblia de cem minutos"

Lançamento da Bíblia resumida será na catedral de Canterbury

Uma versão abreviada da Bíblia, com apenas 20 mil palavras, está sendo lançada nesta quarta-feira na Grã-Bretanha.

Os editores da obra, chamada 100-Minute Bible (Bíblia de Cem Minutos), dizem que ela é dirigida às pessoas que não têm tempo de ler a versão original.

A editora 100-Minute Press diz em seu site na internet esperar que o lançamento "permita às pessoas que não estão familiarizadas com a Bíblia entender algo do livro que é a base da fé cristã".

A Bíblia resumida foi escrita por um pastor e diretor de escola aposentado, com o apoio de líderes religiosos.


Lançamento

O livro, segundo a editora, conta passagens da vida de Jesus Cristo e registra o crescimento do cristianismo.

O lançamento da Bíblia de cem minutos foi marcado para a catedral anglicana de Canterbury, a sudeste de Londres.

A editora pretende agora traduzir a Bíblia resumida para os principais idiomas, incluindo o português.

"Estamos no momento organizando a parte operacional. Considerando a grande concentração de cristãos no Brasil, o português é, certamente, uma das línguas que temos como alvo", disse Seija Budd, esposa de Len Budd, proprietário da 100-Minute Press e idealizador da Bíblia resumida.

Bíblia mais antiga do mundo será colocada na web

Bíblia mais antiga do mundo será colocada na web

O Codex Sinaiticus é escrito em grego arcaico
A mais antiga Bíblia existente no mundo deve ser colocada na internet por uma equipe de especialistas da Europa, do Egito e da Rússia.

O trabalho de digitalização do manuscrito, conhecido como Codex Sinaiticus, já está sendo feito.

Acredita-se que o Codex Sinaiticus, escrito em grego arcaico, seja uma das 50 cópias das Escrituras encomendadas pelo imperador romano Constantino depois que ele se converteu ao cristianismo.

A Bíblia, cuja maior parte está na Biblioteca Britânica, em Londres, data do século 4.

"É um manuscrito muito especial, diferente de todos os outros", diz Scot McKendrick, chefe do Departamento de Manuscritos Medievais e Antigos da Biblioteca Britânica. "Em cada página, existem textos colocados em quatro colunas, e isso é muito diferente."

Roubo

O projeto de digitalização é muito significativo por causa da raridade e da importância do manuscrito.

O documento original é tão precioso que foi visto por apenas quatro estudiosos nos últimos 20 anos.

O Codex Sinaiticus contém algumas passagens do Antigo Testamento e todas as do Novo Testamento. Ele foi escrito no mosteiro de Santa Catarina, perto do monte Sinai, no Egito.

O documento ficou no local até metade do século 19, quando um estudioso alemão, Constantin von Tischendorf, levou partes do manuscrito para a Alemanha e para a Rússia.

O monastério considera que o Codex foi roubado de seus aposentos.

O Codex agora está dividido em quatro partes. A maior delas - 347 de suas 400 páginas - está na Biblioteca Britânica. As outras estão na biblioteca da Universidade de Leipzig (Alemanha), na biblioteca nacional da Rússia, em São Petersburgo, e no próprio monastério.

Internet

As quatro instituições estão trabalhando em conjunto para digitalizar todo o texto. Elas também estão usando uma técnica, conhecida como captura de imagem hiperespectral, para fotografar o documento com o objetivo de revelar textos apagados ou obscurecidos com o tempo.
Segundo Lawrence Pordez, da Biblioteca Britânica, o processo "não envolve substâncias químicas".

McKendrick estima que serão necessários cerca de quatro anos até que o Codex completo seja colocado na rede.

Esse tempo será usado para "fotografar o manuscrito, conservá-lo, transcrevê-lo e transformá-lo para um formato eletrônico".

A Biblioteca Britânica também vai criar um site para disponibilizar o manuscrito ao público.

"O site vai apresentar o manuscrito assim como ele é e também interpretações do mesmo para diferentes leitores - desde estudiosos até pessoas que não são especializadas no assunto, mas têm curiosidade de ver o documento e entendê-lo", diz McKendrick.

sábado, 17 de setembro de 2005

Escolhendo Alegrar-se

Escolhendo Alegrar-se
Também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5.11).

A maioria de nós não escolhe uma vida de dificuldades - ela nos escolhe. Mas podemos escolher nossa reação a ela. Alguém já disse que "a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional". No entanto, quando surgem as dificuldades, o sofrimento sempre parece a melhor opção.

O escritor Lloyd Ogilvie nos conta sobre um amigo cristão que estava debilitado física e emocionalmente devido a pressões extremas. Ele foi tomado por um estado depressivo. Quando Ogilvie perguntou-lhe como estava, ele respondeu: "Bem, alegrar-me certamente não é uma opção!" Ogilvie replicou: "Você está certo! Alegria não é opção. É sua responsabilidade."

Chocado, o amigo respondeu: "Você fala de alegria como se fosse um dever." Ogilvie respondeu: "Acertou de novo!" Ele explicou que temos uma obrigação com Deus, conosco e com os outros, de superarmos nosso estado de espírito e lutarmos pela alegria.

Na carta aos Romanos, capítulo 5, o apóstolo Paulo nos dá as razões para essa alegria: Temos paz com Deus através de Cristo, acesso à graça e esperança de glória futura (vv. 1-2). Temos a segurança de que a tribulação produz perseverança, que constrói o caráter e leva à esperança (vv. 3-4). Temos a esperança que não nos desaponta, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações (v. 5).

Preencha sua mente com estas verdades. Então, não importa as circunstâncias, você poderá escolher alegrar-se.

Joanie E. Yoder

domingo, 11 de setembro de 2005

Por que sofre o justo?

Por que sofre o justo?

Porque sofre o justo, o reto, aquele que teme a Deus, aquele que teme a Deus, aquele que obedece ao Senhor, aquele que pratica a Palavra? A Bíblia diz: "Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu Senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou." (Jo 15.18)

Motivos pelos quais sofre o justo:

Motivo 1 - O justo sofre porque nós não é deste "mundo". Não pertence ao sistema dominado e dirigido por Satanás, que vive debaixo da regra do pecado. O evangelho é uma contra-cultura à cultura do mundo, e como pertencemos a este sistema nós o incomodamos. A nossa maneira de viver contraria o mundo, então ele quer nos colocar em servidão e nos aborrecer. Por isso o justo passa por sofrimento.

Motivo 2 - O justo sofre por um princípio: o servo não é maior do que seu Senhor. Se o Senhor sofreu, então o servo também estará sujeito aos mesmos sofrimentos porque o servo e o senhor estão espiritualmente ligados.

Motivo 3 - O texto diz ainda:"...por causa do meu nome..."O justo sofre por causa do nome de Cristo, que o diabo odeia. porque você proclama, vive e defende o cristianismo: "Mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte"(I Pe 4.16). Porque ele é um verdadeiro cristão, e se parece com Cristo. Se você parece com Cristo, você é luz, e a luz incomoda as trevas. As trevas não suportam a luz.

Motivo 4 - O justo sofre porque está sujeito às leis naturais que estão sobre a face da terra. Conforme diz Mateus 5.45: "Para que sejais filhos do Pai que está no céu; porque faz com que o Seu sol se levante igualmente sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos." e Eclesiastes 9.2:; Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento".

No contexto das leis naturais estão os males naturais, sociais e morais. Estamos sujeitos a tudo isso. Se há uma tempestade de ventos e muita chuva, morrem afogados o justo e o injusto. Numa inundação ou maremoto, como o que ocorreu recentemente na Ásia, o justo pode morrer ou perder alguém da família, ou a sua cada, assim acontecendo também com o injusto. As catástrofes, os terremotos, as tempestades são males naturais e também os atingem. O justo está sujeito a ficar desempregado e a passar aperto financeiro. Isto está dentro dos males sociais.

Os males morais são: A ganância exacerbada, de homens que massacram o semelhante, e a maldade do coração do homem. Eu e você, os justos, estamos sujeitos a todos esses males. Não é o diabo, não! São males que fazem parte da vida do ser humano desde que o pecado entrou na terra.

O justo sofre porque Deus permite. Mas o Senhor é soberano e tem poder para livrar qualquer um de todo o sofrimento.

Pr. Silas Malafaia

domingo, 4 de setembro de 2005

Mudanças climáticas, guerras, epidemias: Sinais da volta de Jesus ou coincidências?

Mudanças climáticas, guerras, epidemias: Sinais da volta de Jesus ou coincidências?

Guerras, desastres causados por intempéries climáticas, doenças e fome não são novidade na história da humanidade, mas ocorrências tão acentuadas como nos tempos atuais tem levado muitos a crerem que a volta de Jesus é iminente e o final dos tempos está próximo. Para a maioria das pessoas, crentes ou não, a sensação é a mesma: o tempo está passando muito rápido, como se os dias estivessem sendo abreviados. A revista Carta Capital reproduziu em sua edição de março matéria veiculada na revista britânica The Observer em que cientistas afirmam que a situação climática da Terra é muito pior do que tem sido descrita, principalmente, pelos Estados Unidos, e que o aquecimento global e as mudanças climáticas advindas podem gerar catástrofes inimagináveis e custar a vida de milhões de pessoas entre os anos de 2010 e 2020. A recente passagem de um ciclone por estados do Sul do Brasil, fato que nunca havia ocorrido no hemisfério sul com tanta intensidade parece demonstrar que a previsão de alguns está correta sobre o final dos tempos. Será?

Pastor e conferencista sobre o tema escatologia, tendo escrito cinco livros sobre o assunto, Eliseu Pereira Lopes acredita que somos a última geração iniciada com a volta dos judeus e a formação do Estado de Israel em 1948 e que estamos vivendo os tempos do fim.

- Acredito que os sinais que temos visto atualmente não são meras coincidências e sim prenúncio da volta de Jesus e de que Deus está nos revelando a proximidade de seu juízo, bem como mostrando ao mundo que existe um Deus. Coisas espantosas como o ocorrido em 11 de setembro de 2001, nos EUA, e em 11 de março último, em Madri; a corrupção se espalhando por todo o mundo; cada vez mais anúncios de filhos que matam pais e pais que matam filhos (Mc 13.12), enfim tempos difíceis (2 Tm 3.1-5), também demonstram que a volta de Jesus está às portas, comenta o pastor, acrescentando que em toda a Bíblia são encontradas referências que atestam a certeza de que estamos próximos da volta de Cristo.

Ainda segundo Lopes, Deus sempre revela aos seus servos os seus atos antes que sucedam, conforme Gênesis 18.l7, Isaías 42.9; Jó 16.12-13 e Hebreus 11.7.

Ele lembra que Deus anunciou a Noé o dilúvio e a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra.

- E assim, nos anuncia a volta de Cristo (Lc 21.10-11; 29-36).

Com uma visão diferente, o teólogo Marcos Inhauser, da Igreja da Irmandade do Brasil, questiona a opinião de Lopes. Segundo ele, não é a primeira vez que a Terra passa por profundas mudanças climáticas.

- Não há evidências sérias que mostrem que, hoje, temos mais guerras do que houve no passado, que epidemias como a peste negra, gripe espanhola e outras que mataram milhares de pessoas na antigüidade eram menos fatais que a AIDS, a SARS ou a gripe do frango. Se olharmos para o nível de exploração da natureza, para os índices de poluição, para a concentração humana nos grandes centros urbanos e a violência disto decorrente, não há como negar que estamos caminhando para a auto-destruição, mas Ele (Jesus) mesmo disse que o tempo de sua volta compete ao Pai, defende Inhauser.

Nenhum outro livro da Bíblia teve tantas e tão divergentes interpretações quanto o Apocalipse. Teólogos como Calvino, Lutero e Agostinho não se detiveram, nos seus escritos, em tentar desvendá-lo. Portanto, é importante que busquemos o reino de Deus, tendo a certeza que na hora certa, Jesus voltará.

A abreviação do tempo

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, em 5 de março, o teólogo Leonardo Boff relata uma teoria, através da qual a sensação de que o tempo está passando mais rápido, não seria ilusória, mas poderia ser real. É a teoria chamada de Ressonância de Schumann, por meio da qual o físico alemão W. O. Schumann constatou, em 1952, que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso, que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, a cerca de 100 km de altitude. Esse campo possui uma ressonância mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo, sendo todos os vertebrados e o nosso cérebro dotados da mesma freqüência. Pela teoria acredita-se que por milhares de anos, as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio. Mas a partir dos anos de 1980, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não seria ilusória.

Adolfo Maia, físico e professor do Departamento de Matemática Aplicada da Unicamp, discorda e garante que caso houvesse uma mudança desse nível no planeta, outras leis da física seriam afetadas e as mudanças seriam radicais. O pastor Eliseu Pereira Lopes acredita que, quando a Bíblia fala em abreviação do tempo, está falando do período da tribulação, descrito no livro de Mateus, capítulo 24, e não do horário de 24 horas. Sobre o assunto, o teólogo argumenta que a noção do tempo é relativa. Por isto, temos que ter relógios para saber as horas. Desde o ponto de vista estritamente físico e da mecânica celeste, o tempo de hoje medido em horas, é igual ao que era há milhares de anos.

Cleusa Pinheiro - Jornal Palavra (www.jornalpalavra.com.br)

Após ler esse artigo, qual a sua opinião sobre os acontecimentos recentes como tsunami, furacão katrina, ciclones no Brasil, mudanças climáticas: Sinais da vinda de Cristo ou coincidências? Participe da nossa enquete clicando no link abaixo.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2005

A Imprensa e a Bíblia

A Imprensa e a Bíblia

Muitos livros podem informar, só a Bíblia pode transformar.

Segredos, processos e os mais modernos avanços tecnológicos, são parte dos novos itens que alguns chamam de "os grandes feitos dos últimos 1000 anos". Não é uma história recente de satélites espiões ou programas de computador. É a história oculta da primeira prensa de Johannes Gutenberg - em 1455!

Gutenberg tentou manter sua invenção em absoluto segredo até que estivesse terminada, mas um processo movido por herdeiros de um dos investidores revelou em que ele trabalhava. Sua prensa era uma maravilha tecnológica que tornaria possível a impressão de literatura em massa.

Quando Gutenberg terminou a prensa, o primeiro livro que imprimiu foi a Bíblia. Esse único evento faria com que a Bíblia se tornasse o livro mais amplamente distribuído no mundo! Antes de 1455, ela foi preservada produzindo-se cópias meticulosas, uma por vez, mas a partir de então, a Bíblia passou a ser produzida em massa.

Por que esse livro chamou tanto a atenção? Por que foi a primeira escolha de Gutenberg? E por que milhões de cópias ainda são impressos todos os anos? É simples - a Bíblia é um livro sobrenatural, a revelação escrita de Deus para o homem. Deus a inspirou e preservou, e continua a orientar as pessoas a desenvolverem novos meios de divulgar sua notável mensagem de salvação.

Graças a ti, Senhor pela prensa e pela Bíblia!

Leitura: Salmo 119.89-91, I Pedro 1.22-25

A Palavra de nosso Deus permanece para sempre (Isaías 40.8).

J. David Branon

Como Posso Compreender a Bíblia?

Como Posso Compreender a Bíblia?

Mesmo tendo sido plano de Deus dar a Seu povo pastores e professores, não há substituto para o envolvimento direto e pessoal de alguém com as Escrituras. Muitos já descobriram que não podem obter muito de seus professores enquanto não se dedicarem a um estudo sistemático bíblico.

Um método de estudo bíblico individual é chamado de método indutivo. Este método desafia o estudante a formar conclusões apenas depois de observar e analisar os elementos do contexto imediato e os significados das palavras. Após pedir entendimento ao Autor das Escrituras, o estudante indutivo pesquisa cada página com um lápis na mão, e a curiosidade de um explorador, buscando algo mais precioso do que o ouro (Prov. 3:13-18).

Em geral, a estratégia do estudante indutivo é simples: (1) observação, (2) interpretação, (3) aplicação, e (4) oração - nesta ordem.

1º passo - Observação: O que diz o contexto?

O propósito principal deste estágio é obter o máximo de informação possível sobre o contexto. Os estudantes indutivos devem ser curiosos. Eles não aceitam simplesmente algo sem certificar-se do porquê. Eles perguntam e enumeram o maior número possível de questões: Quem? Que? Porquê? Onde? Quando? Como? Que palavras precisam ter seu significado pesquisado? Quais os significados de palavras como: Portanto, então, e, também, mas, entretanto, ou todavia? Qual o ponto principal do trecho em questão? Quais as palavras que indicam a idéia principal? Quais os elementos, argumentos, ou ilustrações que o autor usa para sustentar a idéia principal?

É nesta fase que um capítulo pode ter algumas frases grifadas ou uma sentença esquematizada para mostrar como o autor relaciona uma idéia com a outra. O propósito deste estágio é o enfoque. Descubra o contexto. Explore-o.

2º passo - Interpretação: O que o texto quer dizer?

Somente depois desse trabalho cuidadoso de observação é que o estudante indutivo está em condições de perguntar: "O que o autor quer dizer com estas palavras? Como elas se relacionam com o texto anterior, ou com o seguinte?" Não é apenas: "O que significam quando fluíram?" Muita gente, ao estudar a Bíblia, fica supondo se o autor disse o que queria dizer, ou se quis dizer o que disse; no entanto, a única forma de descobrir o que ele quis dizer é observando o contexto.

Na fase de observação você descobriu formas, definições, e uma série de significados de palavras; já na fase de interpretação dentro do contexto, você compreende melhor as palavras usadas pelo autor. É neste ponto que as Escrituras tornam-se vivas, pulsando conforme o coração e a intenção do Autor.

3º passo - Aplicação: O que este texto significa para minha vida?

Somente depois de descobrir o significado de um texto no tempo e lugar em que ele foi escrito é que o estudante é encorajado a perguntar: "O que isto significa para mim?". Muita cautela deve ser usada ao distinguir fatos culturais de princípios eternos. O enfoque deve ser dado à idéia principal. Quais os principais assuntos referentes ao coração? O que isto me diz no que refere ao meu relacionamento com Deus? A partir daí a Bíblia pode explodir em significado para a sua vida.

4º passo - Oração: Deus pode me ajudar a compreender e aplicar este texto em minha vida?

Orar significa falar com Deus de maneira sincera e expontânea, sem rodeios. O ato de orar não é uma atitude mágica, que por si só resolve tudo. Orar é acima de tudo uma atitude de fé. Quem ora precisa confiar, plenamente, que Deus é capaz de nos ouvir e responder. Ore sempre. Seja em palavras ou no pensamento, em voz alta ou baixa, ore sempre, no nome de Jesus. A Bíblia diz que Ele, Jesus, é o único mediador entre Deus e os homens. (I Tim. 2:5)

Fonte: Devocional Pão Diário, publicado pela Rádio Trans Mundial

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Feliz Dia dos Pais

Papai!

Leitura: Salmo 127-128 - Herança do Senhor são os filhos. (Sl 127.3)

As vezes, quando estou num local no meio de muitas pessoas, como um shopping ou um estádio, e escuto alguém gritando: "Papai!", instintivamente olho em volta para ver quem chamou. Embora quase sempre não seja nenhum dos meus filhos, lembro da natureza universal da palavra "papai". É como uma etiqueta de tamanho único.

Também lembro da incrível responsabilidade que nós pais temos - e o grande privilégio. Todos nós que respondemos ao "Papai!" temos pelo menos uma criança que busca em nós proteção, amor, direção, amizade, treinamento, disciplina e muito mais.

Devo dizer que não consigo imaginar um trabalho mais compensador. Ser pai significa que Deus confiou a nós a tarefa de treinar nossos filhos no caminho em que devem andar (Pv 22.6). Deu-nos a responsabilidade de ensinar-lhes o temor do Senhor (Sl 128). Deus nos incumbiu de criá-los no ensino e na admoestação do Senhor, sem exasperá-los (Ef 6.4). Deus me permite compartilhar o legado da fé. Em recompensa aos meus esforços, recebo abraços e beijos, lindos cartões do Dia dos Pais e a oportunidade de ouvir "Papai!"

Deus conhece as responsabilidades e alegrias da paternidade porque Ele é nosso Pai celestial. E, como nosso Pai, dá-nos o que precisamos para cuidar bem de nossos filhos. - JDB

Um pai devotado reflete o amor do Pai celestial.

Filhos são dádivas que Deus nos deu
Emprestados, de lá do Céu;
Para cuidarmos e ensinarmos no Senhor
Mostrando-lhes Seu Grande Amor.

Feliz Dia dos Pais

 

domingo, 31 de julho de 2005

Andando em suas pisadas

"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue tome a sua cruz e siga-me". Marcos 8.34.

A tradição evangélica-pentecostal não valoriza muito as orações escritas. Acredita-se que elas podem tornar a comunicação com Deus mecânica e artificial. Entretanto, a Bíblia contém várias preces e salmos que só sobreviveram ao tempo por terem sido escritas.

Contradizendo minha herança religiosa, aprendi há muitos anos, uma oração de entrega. Ela me marcou e ainda hoje me acompanha como lembrança do que significa andar nas pisadas de Jesus Cristo. Às vezes, meu coração e ego querem se ensoberbecer e minha vontade tornar-se rainha, então releio essa pequena prece e percebo outra realidade.

A espiritualidade do novo milênio acompanha as tendências do mundo. Ela é uma espiritualidade vazia de significado e que não consegue alimentar a alma. Muitos cultos evangélicos já não ajudam as pessoas a crescerem em intimidade com Deus e a busca da glória humana acontece abertamente.

Todos os que desejam parecer-se com Jesus e, seguindo os seus passos, querem crescer no amor de Deus, podem repetir a mesma oração:

"Em tuas mãos, ó Deus, eu me abandono. Vira e revira esta argila como o barro nas mãos do oleiro. Dá-lhe forma e depois a esmigalha como se esmigalhou a vida de João, meu irmão.

Manda, ordena. Que queres que eu faça?

Elogiado e humilhado, perseguido, incompreendido, caluniado, consolado, sofredor, inútil para tudo, não me resta senão dizer a exemplo de tua mãe: ‘Faça-se em mim, segundo a tua palavra’.

Dá-me o amor por excelência, o amor da cruz, não o da cruz heróica que poderia nutrir o amor próprio; mas o da cruz vulgar que carrego com repugnância, daquela que se encontra cada dia na contradição, no esquecimento, no insucesso, nos falsos juízos, na frieza, nas recusas e nos desprezos dos outros, no mal-estar e nos defeitos do corpo, nas trevas da mente e na aridez, no silêncio do coração. Então somente tu saberás que te amo, embora eu mesmo nada saiba. Mas isto me basta"

Soli Deo Gloria

Ricardo Gondim

segunda-feira, 25 de julho de 2005

Remédio para a Amargura

Remédio para a Amargura

"Longe de vós, toda amargura, cólera, e ira..." (Efésios 4. 31) Leia: Efésios 4.25-32

Durante o transcurso de nossa vida, vamos acumulando experiências, mas também sofrendo várias decepções que, se não tomarmos muito cuidado, podem nos transformar em pessoas amargas, desconfiadas e rancorosas. É verdade que sofremos todas às vezes que somos alvos de críticas injustas, traição, calúnias e desprezo. É natural até que sintamos raiva, no momento, da pessoa que nos prejudicou. Mas, o que não devemos permitir é que essa raiva perdure para sempre e que tais experiências negativas maculem o nosso caráter ou transformem a nossa personalidade. O melhor é entregar tudo ao Justo Juiz, que é Jesus. Ele sabe a hora certa de punir os culpados. Não façamos justiça com as nossas próprias mãos, pois a nossa justiça não tem a onisciência de Deus. O rancor nos cega para um desfecho conciliador e nem deixa o tempo nos ajudar, amainando nosso sentimento de raiva. Com o tempo podemos dar ao fato a real proporção de seu mal. Não percamos de vista a beleza da natureza, da comunhão com pessoas amigas, da nossa família, do amor. Desarmados pela graça e pelo amor de Cristo partimos para a reconciliação, remédio para nossas amarguras e nossos relacionamentos partidos.

Pense: Quem perda tem mais chance de ser feliz do que quem cultiva o rancor de ofensas passadas.

Ore: Senhor Deus! Dá-me forças para perdoar àqueles que me ofendem por promover a paz. Dá-me, também, ânimo para continuar amando o que o Senhor valoriza e preserva.

Em Cristo Jesus. Amem!

(Desconheço o Autor)

Jesus ou Ieshua"?

Jesus ou Ieshua"?

As explicações da Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB sobre o nome "Jesus", tema que vem despertando dúvidas em vários leitores.

Pergunta:

Tem fundamento a afirmativa de que o nome de Jesus é de origem grega e não hebraica?

Resposta:

Não, não tem. Esse nome transliterado para o grego como Iesous, é hebraico e vem de Ieshua" (as aspas representam a letra hebraica ayin). A forma plena da palavra é Yehoshua", que, a partir do cativeiro, passou a dar lugar, à forma mais abreviada Ieshua".

Até o começo do segundo século d.C. Iesous (Ieshua") era um nome muito comum entre os judeus. Na Septuaginta, versão do Antigo Testamento que os judeus fizeram entre os anos 285 e 150 a.C., do hebraico para o grego, o nome Iesous aparece para referir-se tanto a Josué (quatro indivíduos) como aos oito Jesua mencionados em Esdras e Neemias.

Iesous não é nome de nenhum deus da mitologia grega, tanto que não aparece em nenhum clássico grego. Ver, por exemplo, o Dictionaire Grec-Français, de C. Alexandre, que, no apêndice de nomes históricos, mitológicos e geográficos, traz no verbete Iesous apenas o seguinte: "Jesus, nome hebraico".

Pergunta:

Como o nome Yehoshua" se tornou Jesus?

Resposta:

Já vimos que o vocábulo Jesus não se deriva diretamente de Yehoshua", mas da forma abreviada Ieshua", através do grego e do latim. A letra j inicial se explica da seguinte forma: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir as Escrituras do hebraico para o grego (a Septuaginta), não encontraram nessa língua uma consoante correspondente no hebraico. A solução, então, foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i. Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante, inclusive Iesous.

Mas como foi que esse i se tornou j? Foi através do latim, que deu origem às línguas neolatinas, entre as quais está o português. No latim posterior à Idade Média, começou a aparecer na escrita a distinção que já existia na pronúncia entre i vogal e i consoante, o qual passou a ser grafado como j. Por isso, o Dicionário Latino-Português, de Santos Saraiva, traz verbetes como estes: Iesus ou Jesus; Ieremias ver Jeremias.

Agora a explicação para o s médio de Jesus. No vocábulo hebraico Ieshua" o grupo sh representa a consoante shin. Por não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa palatal (que soa como a letra x em "eixo"), os judeus a substituíram por sigma, também fricativa mas linguodental (que em grego, mesmo entre as vogais, soa como nosso ss). O ditongo grego ou soa u.

O aparecimento do s final do nome Jesus se explica pela necessidade de tornar esse nome declinável: os judeus substituíram a letra ayin final pela letra sigma (o s do grego) do caso nominativo. Nos outros casos a palavra se declina assim: Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou (vocativo). Com isso, foram resolvidos dois problemas de uma só vez: o nome ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi substituído por um sigma (letra s).

Fato semelhante se deu com Judas, que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Judá). Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural "he" tem em grego, em latim e em português o som s: Isaías, Jeremias, Josias e Sofonias. Outro exemplo é o vocábulo Mashiac, que termina com a gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu lugar ao som de s: Messias.

A evolução do termo de uma língua para outra é a seguinte: Ieshua" (hebraico) > Iesous (grego) > Jesus (latim) > Jesus (português).

(Artigo extraído da revista "A Bíblia no Brasil" edição de julho a dezembro de 1.995 - página 27.)

terça-feira, 19 de julho de 2005

O homem que não abriu mão de nada!

"[Outro valente foi] Sama, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram numa multidão, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus. Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Senhor operou um grande livramento" 2 Samuel 23:11-12.

Entre os valentes de Davi, arrolados em 2 Samuel 23, também está Sama. O seu grande feito foi firmar uma posição enquanto outros fugiram. Para ele, a opção óbvia teria sido seguir a maioria. Porém Sama ousou ficar - ainda que solitário!

Como os demais, Sama poderia ter considerado a questão uma causa perdida: "Afinal, o que um único israelita poderia fazer contra tantos filisteus?" Porém, na força que Deus supre ele firmou posição e alcançou uma grande vitória. Que exemplo e que estimulo para os crentes desencorajados de hoje! Aqui aprendemos o que Deus pode fazer mediante um indivíduo cujo coração lhe é integralmente consagrado. Se houver tão somente um indivíduo que não foge da questão, então Deus estará ao lado dele.

Sama venceu a batalha estabelecendo-se sobre o pouco que ainda restara das derrotas prévias. Somos freqüentemente recordados do fato que os crentes têm fracassado em render o seu testemunho coletivo para Deus em meio a este mundo. E sabemos, da Palavra de Deus, que este testemunho não poderá ser restabelecido ao estado original. Em virtude disto muitos nem estão mais dispostos a assumir posição por coisa alguma e correm em várias direções, seguindo após toda sorte de coisas. Ao final, no entanto, verifica-se que não perseveram em mais nada. Este, contudo, não é o caminho de Deus.

Não se deixe desencorajar pelo declínio entre o povo de Deus! Faça o que fez Sama: estabeleça-se com "ambas pernas" sobre aquilo que ainda restou após as derrotas - e você alcançará vitória! Nunca é tarde demais para se tomar posição em favor de Deus e Sua verdade.

Havendo um indivíduo tomando uma posição firme, este virá a ser um elemento referencial para agregar outros. Quando um cristão alcança uma vitória, outros serão encorajados por meio dela. Ao menos deveria ser assim, pois todos deveríamos nos alegrar pelos êxitos dos outros.

O que caracterizou Sama foi bem isto: por uma questão relativamente pequena - um campo de lentilhas - ele não se poupou de empenhar-se numa grande luta. Tratava-se, afinal, das lentilhas do povo de Deus; e o inimigo não deveria tomá-las.

O lema de Sama era: "não abrir mão de nada!". Iremos deparar com dificuldades justamente ali onde imaginamos estar estabelecidos. Os filisteus intentam roubar-nos, se possível, justamente aquelas bênçãos e recursos espirituais das quais temos maior necessidade. E então somente alcançaremos a vitória se nos dedicarmos à luta!

Não pensemos nunca que alguma porção da verdade seja de menor importância; pois, neste caso, uns abrirão mão desta, e outros daquela. Não. Cabe-nos defender toda a verdade, mesmo que, como Sama, estejamos inicialmente sós.

Fonte: Leituras Cristãs vol. 42 - nº 4 (do devocional alemão "Der Herr Ist Nahe" 2004)

segunda-feira, 18 de julho de 2005

Descobertos dois pergaminhos do século 2º perto do mar Morto

Dois pergaminhos que datam da última revolta judaica contra os romanos em Judéia, no ano 135 da era cristã, nos quais encontram-se fragmentos da Bíblia, foram descobertos perto do mar Morto.

Os dois pergaminhos, de 5 x 7 cm, em que figuram extratos do Levítico em hebraico, foram encontrados numa gruta de Nahal Arugot, perto das fontes de Ein Guedi, no deserto da Judéia, em Israel e Cisjordânia, anunciou nesta sexta-feira o Departamento Israelense de Antigüidades.

A descoberta é a primeira dos últimos 40 anos na região, e surpreendeu os arqueólogos, que estavam convencidos de que as grutas do deserto da Judéia já haviam revelado todos os segredos que escondiam desde a era romana.

"Tudo isso é simplesmente sensacional. Um antigo sonho que se realiza", comemorou Hanan Eshel, diretor do Departamento de Arqueologia da Universidade Bar Ilan, em Tel Aviv.

Eshel percorre há 20 anos o Deserto da Judéia, às margens do mar Morto, levantando pedra por pedra em busca de pergaminhos bíblicos, sua especialidade. Os últimos foram encontrados em 23 de agosto de 2004, por beduínos que buscavam peças de cerâmica antiga para vender.

Quando foram descobertos, no solo da gruta, os pergaminhos estavam cobertos por uma espessa camada de pó, que os protegeu por quase 2 mil anos. Eshel os adquiriu por US$ 3 mil, após negociar com os beduínos, que pediam US$ 20 mil.

"Graças a esta descoberta, sabemos um pouco mais sobre o conturbado período da revolta judaica contra os romanos", comentou o professor.

"Hoje sabemos que estes pergaminhos fazem parte de um rolo da Tora, que os judeus leram na primavera de 135, durante a Páscoa judaica, quando estavam prestes a se esconder nas grutas para escapar dos legionários romanos", disse Eshel.

Os historiadores estavam certos de que os judeus haviam conseguido esconder 14 rolos da Tora nas grutas da região, dos quais foram encontrados fragmentos entre 1952 e 1965.

"Com estes últimos pergaminhos, fica comprovado que havia um 15º rolo, e que ainda não concluímos as descobertas", afirmou o professor.

"Tudo indica que estes pergaminhos são autênticos", disse o porta-voz do Departamento de Antigüidades, Osnat Gouez, destacando sua importância.

Na mesma região das últimas descobertas, beduínos encontraram em 1947 os manuscritos do mar Morto, que datam de dois séculos antes, época dos essênios e de Jesus Cristo.

Fonte: Folha Online

 

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Centro Cultural da Bíblia

Exposição do Centro Cultural da Bíblia reúne porções bíblicas, fotografias e artesanatos típicos de povos indígenas

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) inaugurou, em abril, no Centro Cultural da Bíblia, no Rio de Janeiro, a mostra A Bíblia para os povos indígenas, que reúne porções bíblicas, fotografias e artesanato típico de povos indígenas. Na exposição, a SBB também exibe a publicação Mais que uma só língua, uma espécie de mapeamento do trabalho já realizado em 36 tribos brasileiras, com um breve histórico de cada uma delas e um texto bíblico escrito nas respectivas línguas. A obra inclui um CD, com exemplos do idioma falado.

O secretario de Comunicação da SBB, Erní Walter Seibert, explicou o objetivo da mostra. "A maioria das pessoas não sabe (sic) da existência do grande número de línguas indígenas no Brasil nem consegue (sic) imaginar o tamanho do trabalho de uma produção dessa magnitude. Existem cerca de 180 línguas indígenas faladas no Brasil, mas poucas tem parte da Bíblia traduzida. Algumas são faladas por grupos bem pequenos e isolados e seguirão uma tendência mundial de desaparecimento, se nada for feito para que sejam registradas de alguma forma e as pessoas passem a utilizá-las. Na exposição, podem ser observadas várias dessas traduções", assinala.

Trabalho difícil - Erní Seibert lembra que, na mostra, o visitante poderá ter também uma idéia de como é desenvolvido o difícil trabalho de tradução e da disseminação da Palavra entre os povos indígenas: "A tradução da Bíblia para línguas indígenas é um trabalho difícil e longo. É preciso entender a língua e a cultura para, então, fazer seu registro escrito. Depois, com o auxílio das comunidades indígenas, são traduzidos pequenos trechos das Escrituras. Na etapa seguinte é feita a tradução de toda a Bíblia".

Seibert informou que a exposição - a qual chega ao público um ano depois do lançamento da Bíblia em guarani mbyá, a primeira totalmente traduzida, editada e impressa no Brasil depois de quase meio século de trabalho - pode ser visitada até o fim de outubro. A mostra está aberta à visitação pública (com entrada gratuita) de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 18h, no Centro Cultural da Bíblia, que fica na Rua Buenos Aires, 135, no Centro do Rio de Janeiro. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (0xx21) 2221-9883.

Autor: Marcelo Dutra

Fonte: Revista Graça Show da Fé ano 6, n.º 72

quinta-feira, 30 de junho de 2005

De que Espírito somos?

Ouvi dizer que a questão da Lei do Silêncio está voltando à pauta de discussões entre os evangélicos. Eu não entendo uma coisa como essa. Aliás, há algumas incoerências em nosso meio tão gritantes que não há mesmo como explicar. É dito, neste tipo de discussão, que é preciso elaborar uma lei que respeite a igreja local e dê-lhe tempo para se adaptar, o que parece bastante razoável. Há, ainda, quem diga que tem de haver uma lei para bares, danceterias e afins e outra para a igreja, porque são barulhos diferentes. Falta considerar que, embora sejam barulhos diferentes, incomodam do mesmo jeito. Falta também considerar a natureza da igreja.

A Igreja é desafiada pela Escritura a viver acima da lei. Nos é dito em Gálatas que a Igreja deve ser marcada pelo fruto do Espírito, o que a fará viver acima da lei. Entretanto, esse "acima da lei", não é o mesmo que ao arrepio da lei, ou seja, o que está sendo dito é que a Igreja deve viver um padrão ético tão elevado que a lei mais justa ainda estará aquém do padrão da Igreja. Qual seria o resultado se aplicássemos esse princípio à chamada Lei do Silêncio?

Uma comunidade que tem um padrão tão elevado como o mencionado, há, antes que precise de qualquer intervenção, de se preocupar com o bem-estar de seus vizinhos, pelo simples fato de amá-los como Cristo ordenou que o fizessem, de modo que tomará as medidas necessárias para que seus vizinhos não sejam incomodados sob hipótese alguma. Se necessário, fará um louvor de apartamento, tipo execução de bossa nova, que é cantado baixinho e de modo discreto. É uma questão de testemunho, é uma questão de coerência. Nós somos desafiados a testemunhar de nossa fé, de nosso amor a Deus e ao próximo por meio do que dizemos, porém, principalmente, por meio do que vivemos. Era de se esperar que questões como essas jamais nos afetariam, pois, graças ao espírito de sacrifício pelo próximo que grassa em nosso meio, sempre nos amamos de maneira tal que nos antecipamos a questões dessa natureza. Logo, em relação a uma questão como essa precisamos mais de arrependimento e de adequação de nossa vida ao nosso discurso do que de advogados ou de leis especiais. Cada vez que temas como esse vem à tona, uma nova oportunidade nos é dada para demonstrar o tipo de gente que somos e de que Espírito somos.

Ariovaldo Ramos (Pastor, Presidente da Visão Mundial, missionário da Sepal e escritor)

Jornal Palavra, ano 09 - nº 102 - Maio / Junho de 2004 (www.jornalpalavra.com.br)

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Projeto Ana

Orando por Mulheres que Não Sabem Ler e Escrever

Nesta era da informação, é difícil compreender que 880 milhões de pessoas não saibam ler e escrever. Estima-se que cerca da metade da população mundial (três bilhões de pessoas) preferem usar a comunicação oral nos seus relacionamentos diários, para passar adiante valores e verdades. Muitas mulheres são essencialmente comunicadoras orais. Só falam, não escrevem ou lêem. Elas até aprenderam a ler e a escrever, mas raramente utilizam estas habilidades para se comunicar.

Como mulheres analfabetas não podem ler a Bíblia, elas precisam ouvir as verdades através de métodos de comunicação aos quais estão mais familiarizadas. Muitas mulheres nesta condição são inteligentes, algumas falam várias línguas e memorizam enormes quantidades de informação. Para que o Santo Espírito contudo, traga o conhecimento da salvação do Senhor Jesus Cristo, elas têm que receber a verdade de Deus através do formato que usam para comunicar-se.

A paixão do Projeto Ana é tornar as verdades bíblicas acessíveis para comunicadoras que utilizam apenas a linguagem falada, através dos programas de rádio. O programa de rádio Mulheres de Esperança do Projeto Ana oferece compaixão e esperança em 27 línguas por meio de aconselhamento fraterno, parecido com o que se tem quando se conversa com um amigo. Será que funciona? Aqui está a resposta de uma ouvinte do Vietnã... "Agradeço por haver um programa especial (de rádio) para mulheres. Ele nos traz grandes benefícios. Sendo mulheres, trabalhamos nos campos até tarde da noite. Nós temos pouca educação, e não sabemos como conduzir nossas famílias, inclusive como cuidar das crianças. Nós sentimos falta, principalmente, da Palavra de Deus. Nossa igreja não tem programas para orientar as mulheres em coisas úteis que alicerçam a família, não apenas na vida diária, mas também na vida espiritual. Eu agradeço a Deus por me dar o rádio como meu companheiro".

Ouça Mulheres de Esperança na Rádio Trans Mundial:

Domingo: 08:00hs 25/49m OC (ondas curtas) e 01h Rede

Segunda: 10:00hs 25/49m OC (ondas curtas)

Terça: 15:00hs 31/49m OC (ondas curtas)

Quinta: 04:00hs rede / OM (ondas médias) e 23:30hs 31m OC (ondas curtas)

Sábado: 13:30hs 31/49m OC (ondas curtas) e 20:00hs 31m OC (ondas curtas) e OM (ondas médias)

Ouça também ao programa Mulheres de Esperança nos horários acima pela Internet:

http://www.transmundial.com.br

Mais informações:

Site: http://www.transmundial.com.br

E-mail: projetoana@transmundial.com.br

Telefone / Fax: (0x11) 5031-3533

Endereço: Rádio Trans Mundial - Rua Épiro, 110 - V. Alexandrina - São Paulo - SP - CEP: 04626-970 - Caixa Postal 18.300

 

sábado, 11 de junho de 2005

Brasil é campeão em venda de Bíblias

O país do futebol, do samba e do café tem sido, de uns tempos para cá, também o país da Bíblia. Nunca se produziu e vendeu tantos exemplares do Livro Sagrado no Brasil como agora - são 7 milhões todo ano. Hoje, as Sagradas Escrituras são a ponta de lança de um imenso mercado que não pára de crescer e já coloca o Brasil na posição de campeão mundial, superando até mesmo os EUA. E o mercado está cada vez mais diversificado. As editoras evangélicas, responsáveis por cerca de 70% da distribuição, têm se empenhado em oferecer ao público edições cada vez mais caprichadas. As Bíblias modernas trazem comentários, estudos, mapas, diagramas, índices remissivos e inúmeros outros recursos que tornam a leitura da Palavra de Deus um prazer para os olhos e o espírito.

As empresas do setor não medem esforços e investimentos para abocanhar seus nacos do segmento. Ligada à maior denominação evangélica do país, a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD) vem ampliando seu catálogo de Bíblias. Além da já tradicional Bíblia de Estudos Pentecostal, que já bateu na casa dos 700 mil exemplares vendidos, a CPAD vem apostando suas fichas na Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal. "Ela já vendeu 160 mil unidades", festeja o gerente comercial Cícero da Silva. O objetivo do produto é ajudar o cristão a manter sua vida em sintonia com a vontade de Deus. Além dos dois carros-chefe, a CPAD tem ainda a Bíblia do Estudante, a Bíblia em Cartoons - para juniores e pré-adolescentes - e Minha Primeira Bíblia, voltada para crianças em fase pré-escolar. A editora prepara, para breve, o lançamento de uma Bíblia comentada pelo famoso escritor evangélico Max Lucado.

"Bíblias de estudo com temas específicos são a tendência do mercado", sintetiza Mario Barbosa, diretor-executivo da Sociedade Bíblica Internacional, a SBI. A empresa distribui com exclusividade, no Brasil, a Bíblia na Nova Versão Internacional (NVI). "Estamos lançando uma versão essencialmente evangelística", comenta o executivo. Segundo ele, um dos trunfos da SBI têm sido as Bíblias personalizadas. "Nelas, são impressos logotipos dos ministérios ou igrejas na capa, além de um encarte com o histórico da instituição. As Bíblias personalizadas têm sido as que mais vendemos." A SBI tem mais de 80 projetos nessa área, que resultaram na venda de 60 mil exemplares.

Gigantismo

É justo dizer que a inauguração da Gráfica da Bíblia, em Barueri (Grande São Paulo), há exatos 10 anos, foi fundamental para colocar o país na posição de liderança que hoje ocupa quando o assunto é o Livro Sagrado. A Gráfica pertence à SBB, a gigante do setor, cuja produção responde por 50% do total nacional. Seu grande trunfo ao longo destes 57 anos no mercado são as consagradas versões Almeida Atualizada e Almeida Corrigida, as preferidas pela maioria dos crentes brasileiros, cujos direitos lhe pertencem. Mas não só de tradição vive a SBB. A instituição prepara, para este ano, uma série de lançamentos, com destaque para a Bíblia de Estudo NTLH (com texto da Nova Tradução na Linguagem de Hoje) e produtos multimídia, como a Ilúmina Gold, a primeira Bíblia com enciclopédia animada digitalmente. "Há ainda a Biblioteca da Bíblia para a Vida Cristã, uma biblioteca digital com ferramentas de estudo interativas", antecipa Erní Seibert, secretário da Comunicação da SBB. A empresa possui um amplo catálogo segmentado que não pára de crescer. "Para o público feminino, por exemplo, temos a Bíblia da Mulher", acrescenta Seibert. "Entre seus diferenciais, traz mais de 320 tópicos sobre temas como ministério feminino, carreira profissional e educação de filhos", enumera.

"No Brasil, as Bíblias tendem a ser cada vez mais específicas", reforça Daniel Dantas, gerente de Marketing da Editora Hagnos. "Penso que há uma preferência crescente por textos com versões contemporâneas e um interesse maior por edições com anotações teológicas", enfatiza. A campeã de vendas da editora é a Bíblia Sagrada Melhores Textos, publicada em co-edição com a Junta de Educação Religiosa e de Publicações da Convenção Batista (Juerp). Como diz o nome, é baseada nos melhores originais em hebraico e grego, as línguas bíblicas originais.

Uma das principais publicadoras evangélicas do país, a Editora Vida também marca presença no mercado editorial cristão com suas Bíblias. "A Vida é líder no segmento de Bíblias espaciais", frisa o diretor-executivo da empresa, pastor Eude Martins. "Entre outros modelos, publicamos a Bíblia devocional da mulher, Bíblia da criança, Bíblia do ministro, Bíblia jovem e A Bíblia em ordem cronológica", destaca. É da Vida, também, os direitos sobre a prestigiada Bíblia Thompson, que já vendeu, segundo Eude, 550 mil exemplares. O mais recente lançamento da empresa, contudo, inovou - é a Bíblia do Executivo, destinada a pessoas que exercem liderança tanto nas igrejas como nas empresas. "Ali, temas como administração de tempo, estresse e tomada de decisões são tratados com o uso de exemplos extraídos dos personagens bíblicos", descreve Eude.

Belas e com conteúdo

Manter a fidedignidade aos textos originais e ao mesmo tempo oferecer produtos acessíveis têm sido diretrizes da tradicional Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB). A empresa lançou edições das Escrituras baratas e de uso bem prático, como a Bíblia Pequena (formato 9 X 13) e o Novo Testamento com Salmos e Provérbios, do mesmo tamanho e custando apenas R$ 3,99. "Mantemos parcerias com várias editoras" comenta Harold Gilmer, diretor de Marketing da SBTB. Mas o destaque da Trinitariana continua sendo a Bíblia no tamanho médio. "Até hoje já vendemos mais de meio milhão de exemplares", garante. Uma das prioridades da SBTB tem sido a produção de versões que agradem ao visual. "Recentemente lançamos a Bíblia perolizada, em várias cores e modelos, direcionadas às jovens e adolescentes", diz Gilmer. De acordo com ele, os modelos mais vendidos na modalidade brochura são as capas de crocodilo. "Essas agradam a todas as idades", garante.

Na mesma linha de que conteúdo é fundamental mas beleza também põe mesa, a Editora Bompastor tem distribuído a Bíblia de Estudos em Cores. Nela, os textos são divididos em temas (profecias, palavras de Jesus, promessas e assim por diante) que recebem, cada um, uma cor diferente. "A Bíblia de Estudos em Cores tem sido um sucesso no meio evangélico", comemora Elias de Carvalho, presidente do Grupo Bompastor. "As 12 cores diferentes facilitam a compreensão e tornam o produto muito bonito para todos os tipos de leitores." A Bompastor está para lançar, este ano, a Bíblia de Estudo Scofield, que conterá farto material em estudos e notas.

Estudos e anotações de autores famosos costumam valorizar as edições de Bíblias. No Brasil, o melhor exemplo disso é a bem-sucedida Bíblia Shedd, publicada por Edições Vida Nova, que contém trabalhos de Russel Shedd, um dos mais respeitados teólogos contemporâneos. Para este ano, a editora pretende reeditar a Bíblia de Estudos Vida Nova, lançada pela primeira vez em 1976, em co-edição com a SBB, assim como a Shedd. A Vida Nova também está para trazer ao mercado a Almeida Século 21, fruto de mais de três anos de trabalho minucioso de especialistas nas línguas originais e em tradução bíblica. Segundo a editora, a tradução valoriza a exatidão exegética e a fluência do texto sagrado, sem abrir mão da tradição sagrada. A Almeida Século 21 nasce numa produção conjunta da Vida Nova com a Juerp, em conjunto com as editoras Hagnos e Atos. Estas parcerias também são uma tendência do mercado brasileiro de Bíblias e vão ao encontro de um antigo ideal de todas as editoras cristãs - o de, além da obtenção do lucro, proporcionar a evangelização do país. E o que pode ser melhor para isto do que a disseminação cada vez maior da Palavra de Deus?

Fonte: Revista Consumidor Cristão
A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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