sábado, 20 de fevereiro de 2010

Como Pregar Para Não Converter a Ninguém

1) Deixe que seu motivo predominante seja assegurar sua própria popularidade.

2) Preocupe-se mais em agradar do que converter aos seus ouvintes.

3) Procure assegurar sua reputação como sendo um pregador famoso e diferente dos outros (para que todos o idolatrem e não prestem atenção na mensagem).

4) Fale com um estilo florido, enfeitado e inteiramente fora do alcance da compreensão da maioria das pessoas.

5) Seja superficial nas suas considerações para que seus sermões não contenham verdades suficientes para converter alguém.

6) Deixe a impressão de que se Deus é tão bom com todos, não enviará ninguém para o inferno.

7) Pregue sobre o amor de Deus, mas não fale nada a respeito da santidade do seu amor.

8) Evite dar ênfase na doutrina da completa depravação moral do homem para não vir a ofender o moralista.

C. H. Spurgeon

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Apenas uma oração

Certa noite eu estava fazendo de tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço ela não resistiu e nos deixou com um bebê  prematuro e uma filha de dois anos em prantos.

Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (não tínhamos eletricidade para ativar uma incubadora). Também não tínhamos recursos adequados de alimentação.

Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, não raro, frias com aragens traiçoeiras.

Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-los. Outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.

Sem demora retornou desconsolada, pois a bolsa havia rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical. "Era nossa última bolsa", disse-me.

Assim como no ocidente se diz que "não adianta chorar sobre o leite derramado", na África central poderia ser que "não adianta chorar sobre bolsas estragadas". Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas. "Muito bem", disse eu, "coloque o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-lo das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido".

Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que eventualmente quisessem reunir-se comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê. Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido em função da única bolsa de água quente que  havia estourado. E que o bebê poderia morrer se pegasse frio. Mencionei a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a perda e a ausência da mãe.

Durante as orações, Rute, uma de nossas crianças africanas de 10 anos, orou: "Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já vá ser tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje".

Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha audácia, num corolário, acrescentou: "Deus, já que estais cuidando disso, por favor, manda junto uma boneca para a maninha dela, para que saiba que também a amas de verdade".

Como acontece muito com crianças, me colocaram em apuros. Poderia eu, honestamente, dizer "Amém"? Eu simplesmente não podia acreditar que Deus poderia fazê-lo. A Bíblia diz isso. Mas há limites. Ou não? O único jeito de Deus atender tal pedido seria por encomenda à minha terra natal, via correio.

Eu estava na África há quatro anos e jamais havia recebido uma encomenda postal de casa. De qualquer forma, se alguém mandasse algo, colocaria nela uma bolsa de água quente? Eu morava na linha do equador!

À tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionara no portão de minha casa. Ao chegar em casa, o carro havia partido, mas deixara um pacote de 11 kg na  varanda.

Meus olhos lacrimejaram. Não consegui abrir o pacote sozinho, e solicitei que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Tudo foi feito com muito cuidado para que nada fosse danificado. Os corações batiam forte. Trinta a quarenta olhos arregalados acompanhavam cada ação.

A camada de cima era composta de roupas coloridas e cintilantes. Os olhinhos das crianças brilhavam na medida em que as distribuía. Depois vieram as ataduras para os leprosos, caixinhas de passas de uva e farinha, que dariam gostosos bolos para o fim de semana. Quando pus as mãos de novo na caixa, pasmem: "uma bolsa de água quente, novinha em folha" eu gritei!

Eu não havia feito nenhuma encomenda neste sentido. Rute, que estava no banco da frente, saltou e começou a gritar: "Se Deus mandou a bolsa, ele também mandou a boneca!"

Enfiando as mãos na caixa, se pôs à procura da boneca. E lá estava ela, maravilhosamente vestida! Rute nunca duvidara. Olhando para mim, perguntou: "Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Jesus também a ama muito?"

Este pacote esteve a caminho por cinco meses e foi uma iniciativa da minha ex-professora de escola bíblica e de uma menina de sua turma, que atendendo a voz do Senhor, nos enviou, junto às roupas, medicamentos e alimentos, uma bolsa de água quente novinha e uma boneca em resposta a oração de uma menininha de 10 anos que acreditou fielmente que Deus atenderia a sua oração ainda naquela tarde, conforme está escrito: "tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis" (Mt 21:22).

Rev. Oscar Lehenbauer (tradução)

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A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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