quarta-feira, 23 de março de 2011

O meu "caça de combate" e a minha Salvação!

Quem, assim como eu, foi criança na década de 80, deve se lembrar de como os brinquedos eram caros. Havia pouca concorrência e uma só marca praticamente dominava o mercado de brinquedos (naquela  época  não  existiam as famosas "lojinhas de 1,99" que fazem a alegria da molecada de hoje). Portanto, nossos pais deixavam para comprar aquele tão sonhado brinquedo (sonho para nós e pesadelo para eles) só no final do ano, com o salário extra de Natal.

Com a Graça de DEUS, meus pais sempre proporcionaram a mim e ao meu irmão tudo o que precisávamos. Nunca nos faltou nada e eles sempre se esforçavam para nos dar tudo o que queríamos, porém havia uma condição: precisávamos fazer por merecer!

Lembro-me de um ano em que foi lançado o "super caça-bombardeiro comandos em ação", um avião de guerra grande e cheio de detalhes que enlouqueciam a molecada da época. Só para você ter uma noção do que eu estou falando,  ele baixava os trens de pouso, abria as asas, tinha espaço para dois bonecos no cockpit e assentos ejetáveis com pára-quedas. Só faltava voar de verdade! Mas o preço, este estava nas alturas!

Eu fiquei vidrado naquele brinquedo. Sabia que era muito caro, mas não custava nada tentar e, como toda criança, usei da tática infalível de pedir primeiro para a minha mãe para que ela depois convencesse o meu pai. E não é que funcionou! Meu pai disse que no Natal me daria de presente o tal avião. Puxa, fiquei tão feliz que me lembro até hoje da sensação que senti, porém havia uma condição: eu teria que passar de ano.

Confesso que as minhas notas não estavam lá estas coisas naquele ano. Eu tinha a promessa de meus pais e sabia que eles não mentiriam para mim, então tinha certeza que ganharia o presente, porém havia um condicional, algo que dependia só de mim. Eu tinha que fazer a minha parte do trato.

O primeiro bimestre fui bem mal, o que significa que eu não iria ganhar o presente no final daquele ano. No segundo bimestre eu me esforcei, recuperei as notas e agora o presente era meu. No terceiro bimestre dei aquela relaxada e o meu boletim parecia mais o programa do "Datena": todo vermelho. Resultado? Perdi o presente! Chegou o quarto e último bimestre. Agora era tudo ou nada! O presente já esteve em minhas mãos, mas deixei escapar. Precisava recuperar as notas e fazer por merecer o presente. Dependia só de mim! Estudei que nem um louco, tentando fazer tudo aquilo que durante os bimestres passados não tinha feito (só de lembrar já fico cansado). Recuperei algumas notas, mas de português não teve jeito e fiquei para recuperação (acho que a "profe" não ia muito com a minha cara!).

O meu "super caça-bombardeiro comandos em ação" parecia que não ia decolar. Estava por um fio. Começou a recuperação e lá estava eu indo à escola e estudando, enquanto a maioria da sala estava curtindo as férias e com seus brinquedos garantidos. Pensa em alguém que estudou que nem gente grande! Pois bem, este fui eu. Até porque, além de correr o risco de não ganhar o meu tão sonhado avião de guerra, ainda teria que encarar uns, digamos, corretivos de meus pais.

Depois de muito estudar (e de muita oração também), consegui recuperar a minha nota e passei de ano. Ufa! Agora estava livre do castigo e tinha garantido o meu tão suado presente. Como brinquei com aquele avião (tenho-o até hoje)! Valeu todo o meu esforço, eu fiz por merecer!

Você sabia que DEUS também nos prometeu um grande presente para quando chegarmos ao fim de nossa carreira nesta vida (I João 5.11, Tito 1.2)? E você sabia que este presente também custou muito caro para DEUS, mas nos é concedido de graça e que não há nada que possamos fazer para merecê-lo (João 3.16, Efésios 2.8)? E que ele pode ser seu hoje mesmo, pela misericórdia de DEUS (Atos 16.31)? E que uma vez concedido, jamais será tomado de ti (João 6.35 e 37)? Estou falando do maior presente que uma pessoa pode receber. A Salvação!

Diferentemente do meu presente de Natal, o presente que DEUS nos oferece não está condicionado a algo que temos que fazer ou deixar de fazer. Não depende de nós, mas única e exclusivamente dELE. A nós cabe apenas recebê-la com o coração humilde e grato, crendo nAquele que nos ofereceu tamanha Graça (Marcos 16.16).

Outro fato importante é que este presente de DEUS é para todo o sempre. Uma vez presenteado com a Graça da Salvação, nos jamais a perderemos (João 6.35 e 37). Quantos não passam toda a vida preocupados em perder a sua Salvação ao invés de descansar nAquele que a prometeu. DEUS não é homem para que minta (Hebreus 6.18, Números 23.19)! A Salvação é eterna, portanto para sempre!

Muitos estão lutando com a sua salvação como eu lutei pelo meu "caça de combate" naquele já longínquo ano da década de 80. Lutando com as próprias forças para escapar do castigo e manter garantido o seu presente - ora perdendo-o, ora recuperando-o. Mas com DEUS não funciona assim, e da mesma forma que não há nada que possamos fazer para merecer a Salvação, uma vez salvos não há nada que possa nos fazer perdê-la, pois DEUS, em sua infinita misericórdia, decidiu por nos salvar (João 17.12).

Quem tem medo de perder a sua salvação é porque ainda não foi salvo. Ele escolheu a nós e não nós a ELE (João 15.16). Isto é Graça, ou seja, o favor imerecido de DEUS! Basta-nos crê e descansar!

No Amor de Cristo Jesus,

Doni Augusto

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