Quando o Deserto Chegar!
Lemos em Deut. 32:10 "Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos".
Senhor, que nos coloca nessa terra deserta, sabe exatamente de que experiência de deserto você precisa. Ele conhece o lugar em que as distrações da vida serão silenciadas e você poderá ouvir a voz dele. O seu "ermo solitário povoado de uivos" talvez seja bem diferente do meu. Deus conhece cada um de nós e os recônditos do nosso coração. Ele compreende o que será necessário para livrar-nos das muletas que nos impedem de correr segundo a sua vontade e dos ruídos que não nos deixam ouvir suas palavras de conselho e terno amor. Ele sabe como examinar nosso currículo nessa escola do deserto, formando qualidades de caráter em nossa vida que não poderíamos obter de outra maneira.
Isolamento sempre faz parte do deserto. Uma vez que Deus encontra o deserto de que você precisa, Ele o faz descer do ônibus e continua a vigem. Pelo menos as coisas parecem assim. Seu sentimento imediato é: Deus foi embora! Onde está? Ele me deixou nesse lugar. Em meio a essa penosa experiência, você descobre que não pode mais fazer as coisas que antes lhe eram permitidas. O medo se instala. Você diz a si mesmo. Vou perder meus dons. Vou perder minha utilidade. Fui esquecido!
Por que Deus nos guia por lugares desertos, para lugares solitários?
Isso acontece para que ele possa nos tornar humildes, nos testar e revelar o verdadeiro estado do nosso coração. Não para que Deus possa conhecer você, mas para que você possa vir a se conhecer. Não há nada como deserto para ajuda-lo a conhecer seu eu verdadeiro. Quando todos os enfeites, as máscaras e os trajes falsos são removidos, você começa a ver uma identidade verdadeira - um rosto que não aparecia há tantos anos.
Foi isso que fez para mim, nas viagens no deserto da minha vida. Ele vai torna-lo humilde e vai lhe mostrar seus pontos fortes e fracos. Vai ajudar-me a descobrir a mim mesmo como nunca consegui antes.
Deus jamais nos põe na fornalha ardente do deserto para nos destruir. Ele quer nos refinar. Em meio a esse ermo solitário povoado de uivos, expostos ao processo do tempo, a areia penetra por entre a ferrugem e a corrosão, e nos tornamos uma ferramenta útil nas mãos dEle.
O quebrantamento leva-me a ser achado por um Deus Santo.
O quebrantamento leva-me a ver um milagre que era ter contato com o Deus dos milagres.
O fracasso de agir por mim mesmo foi agora colocado diante daquele que podia tirar o meu pecado e restaurar-me para agir como Deus queira.
Quando o deserto chegar? Esteja preparado para ouvir a voz de Deus e aprender dEle que é manso de coração.
Todavia, apesar disso tudo, uma das coisas mais difíceis de fazer é aceitar nossos fracassos. Quer estejamos falando com nossos cônjuges, nossos filhos ou empregados, quer com o Senhor, não é natural para nós admitir nossas ofensas. A reação imediata em cada caso é empregar os mecanismos de defesa: negar, justificar, racionalizar, reinterpretar nossas atitudes.
O caminho melhor e mais saudável, entretanto, é confessar. Chamar o fracasso de fracasso. Dar nome ao pecado. Admitir que cometemos um erro, e, declarando isso, aprender o que Deus quer ensinar-nos com a experiência.
Soli Deo Glória
Rev. Ashbell Simonton Rédua
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